Uma preocupação tem incomodado todos no momento atual do mundo. Trata-se da ansiedade.
As estatísticas comprovam a dimensão do problema e fazem um alerta: passou da hora de toda sociedade, principalmente as autoridades, tomar consciência da gravidade do fenômeno que ganhou o nome de epidemia global de ansiedade. Em 2019, a Organização Mundial da Saúde apontou que o Brasil é o país mais afetado por essa crise.
A ansiedade é uma emoção que consiste no temor acentuado com os desígnios do futuro e na sensação de impotência diante das ameaças do presente. Alguns motivos levam à ansiedade. Abuso das redes sociais, inflação crescente, polarização política, desastres ambientais. Tudo isso aumenta o potencial coletivo.
Cada vez mais ansioso, o brasileiro passa 5 horas por dia em frente ao smartphone – segundo o relatório mais recente feito pela Data.ai. Consideram que as redes sociais afetam negativamente a saúde mental.
A partir da ansiedade, estamos vendo outra doença terrível, que é a depressão. Esse mal provoca um sofrimento tão profundo, que muitas pessoas depressivas, desejam morrer. E outras acabam se matando.
O padre Fábio de Melo – sacerdote inteligente e sensível que atrai um número imenso de ouvintes pela força e beleza de suas ideias e argumentos. Ela está com depressão. E conta em entrevistas como é cruel esse mal que o faz sentir vontade de morrer.
Uma amiga de Belo Horizonte contou-me que a filha (que foi até minha aluna) perdeu o marido por suicídio. Ela está arrasada porque diz que não faltava, entre eles, carinho, amor, respeito. Eram felizes.
Diante desses sofrimentos, ficamos pensando num caminho para curar a depressão definitivamente, pois, muitas vezes, ela volta depois do primeiro tratamento.
Os profissionais da medicina, de todas as áreas, devem debruçar sobre a descoberta da cura tão necessária. Deve haver um estudo profundo, pois a depressão não vem pela falta de fé, pela falta de amor, pela pobreza, ou outras carências. É um mistério, ainda, que pedimos a Deus desvendá-lo. Pelo que entendo, somente Deus pode ajudar. Confiemos.
- Marilene Godinho