NOTÍCIAS DO AGRO

Colheita

A colheita da nova safra brasileira de café 2025/2026 avança em bom ritmo neste início de junho. Os primeiros números das duas colheitas, vão confirmando as previsões de agrônomos e cafeicultores: Uma safra maior para o conilon, quando comparada à de 2024, e a de arábica, menor que a safra atual. Mas é cedo para conclusões mais seguras. Em nossa opinião, no mercado cafeeiro, os fundamentos permanecem os mesmos: baixos estoques, clima irregular e equilíbrio precário entre produção e consumo mundial. A aproximação do período de inverno no hemisfério sul complica esse cenário.

 

Exportações globais

As exportações globais de café verde caíram 6,8% em abril em relação ao ano anterior, para 10,2 milhões de sacas, registrando sua quarta queda mensal no ano cafeeiro mundial de 2024/2025 (outubro a setembro), informou a OIC – Organização Internacional do Café em seu relatório mensal. A agência intergovernamental disse que a queda nas exportações do grão não torrado foi registrada principalmente no Brasil, o maior produtor, e que as exportações globais de café verde no acumulado do ano (outubro a abril) caíram 4,3% (fonte Reuters/Notícias Agrícolas).

 

Produção x demanda

O desafio da produção de café nos últimos anos é em acompanhar a crescente demanda global pela bebida. Uma estimativa da OIC aponta que, diariamente, no planeta, tal consumo representa em torno de 485 mil sacas de 60kg. Hoje, o maior consumidor é a Europa, que adquiriu o equivalente a 53,7 milhões de sacas de 60kg na última safra, as quais representaram 30,35% da demanda total. No entanto, a China vem despontando como grande consumidor do café. O consumo chinês do grão cresceu 150% nos últimos dez anos, com a estimativa de 6,3 milhões de sacas negociadas na próxima safra pelo país asiático, muito acima de sua produção nacional, segundo o USDA, o departamento de agricultura dos EUA (fonte: Revista Globo Rural).

 

ICE

Na sexta-feira (6), os contratos de arábica com vencimento em julho próximo na ICE Futures US, em Nova Iorque, oscilaram 2.010 pontos entre a máxima e a mínima. Bateram em US$ 3,7640 na máxima do dia, em alta de 1.665 pontos. Fecharam valendo US$ 3,5805 com perdas de 170 pontos.  Na ICE Europe, os contratos de robusta para julho próximo bateram, na máxima da sexta, em 4.719 dólares por tonelada, em alta de 126 dólares. Fecharam o pregão valendo 4.440 dólares, em alta de 121 dólares.

 

Estoques

Os estoques de cafés certificados na ICE Futures US caíram, sexta-feira (6), 5.815 sacas. Estão em 820.669 sacas. Há um ano eram de 798.683 sacas, subindo nesse período 21.986 sacas. Caíram nesta semana 67.721 sacas. Subiram na semana retrasada 1.800 sacas e 35.421 sacas na semana anterior à passada. No mês de maio somaram alta de 74.722 sacas. No mês de abril subiram 43.192 sacas. No mês de março recuaram 35.112 sacas, e em fevereiro caíram 61.994 sacas. No mês de janeiro a queda foi de 112.385 sacas. Em 2025, até esta sexta-feira, dia 6, os estoques certificados pela ICE Futures US, acumulam queda de 159.298 sacas.

 

Dólar e mercado

O dólar recuou 0,70%, fechando sexta-feira (6) a R$ 5,5690. Encerrou a sexta-feira passada (30/5) a R$ 5,7200 e a sexta-feira anterior à passada (23/5) a R$ 5,6470. Em reais por saca, os contratos para julho próximo na ICE Futures US, fecharam, sexta-feira (6), valendo R$ 2.637,64. Terminaram a última sexta-feira valendo (30/5) R$ 2.591,12 e a sexta-feira anterior à passada (23/5) a R$ 2.696,62.

 

Mercado físico

O mercado físico brasileiro permaneceu calmo por toda a última semana, mas, aos poucos, cresce o número de negócios fechados com lotes da nova safra 2025/2026. Há interesse comprador para todos os padrões de café. Os trabalhos de colheita do arábica estão com bom ritmo e começam a sair vendas de pequenos lotes da nova safra. As vendas de conilon estão mais avançadas, com volume bem maior de negócios fechados. Lotes de arábica da atual safra 2024/2025 ainda em mãos de produtores são poucos, em volume historicamente baixos. Os cafeicultores que detêm esses lotes se recusam a vender nas bases de preços ofertadas atualmente pelos compradores.

 

Embarques I

Até dia 6, os embarques de maio estavam em 2.399.304 sacas de café arábica, 202.686 sacas de café conilon, mais 356.171 sacas de café solúvel, totalizando 2.958.161 sacas embarcadas, contra 3.092.802 sacas no mesmo dia de abril. Até o mesmo dia 6, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em maio totalizavam 2.964.585 sacas, contra 3.291.989 sacas no mesmo dia do mês anterior.

 

Embarques II

Até dia 6, os embarques de junho estavam em 278.434 sacas de café arábica, 23.163 sacas de café conilon, mais 22.237 sacas de café solúvel, totalizando 323.834 sacas embarcadas, contra 346.741 sacas no mesmo dia de maio. Até o mesmo dia 6, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em junho totalizavam 557.441 sacas, contra 549.317 sacas no mesmo dia do mês anterior.

 

Nova Iorque

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 30/5, sexta-feira, até o fechamento de sexta (6), subiu nos contratos para entrega em julho próximo 1560 pontos ou US$ 20,63 (R$ 114,92) por saca. Em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE, fecharam no dia 30/5 a R$ 2.591,12 por saca, e sexta-feira (6), a R$ 2.637,64. Ainda na última sexta, nos contratos para entrega em julho, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 170 pontos.

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