CARATINGA- A Superintendência de Vigilância em Saúde apresentou nesta semana os resultados do segundo sobrevoo com drone no combate ao Aedes aegypti e os dados atualizados sobre o índice de infestação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. As ações fazem parte de um conjunto de estratégias que aliam tecnologia e mobilização comunitária para reduzir os focos do vetor no município.
Durante coletiva à imprensa, o superintendente de Vigilância em Saúde, Ediorgenes Nunes, destacou os avanços obtidos com o uso de drones e a importância da colaboração da população. “A gente veio aqui hoje agradecer à população de Caratinga, que vem recebendo os nossos agentes de endemias. Esses agentes que vêm fazendo a diferença no campo, fazendo o trabalho educativo, fazendo o trabalho que tem que ser feito, que é de pesquisa, de tratamento nas residências, além de outros mecanismos com a utilização de drones, que têm nos ajudado bastante a diminuir o nosso índice de infestação em Caratinga”, afirmou Ediorgenes.
O índice de infestação atual está em 1,6%, uma redução significativa em comparação aos 2,16% registrados no início das ações. Segundo o superintendente, 75% dos focos ainda são encontrados dentro das residências. “Quando a gente tem a porta aberta para entrar dentro da residência e além de fazer o trabalho que é de eliminação do foco, da pesquisa, tem também o intuito de fazer o trabalho educativo, assim a população ciente vem eliminando esses focos”, explicou.
Ele também agradeceu o apoio do poder público. “A gente não pode deixar de exaltar o nome do prefeito Dr. Giovanni Corrêa e da secretária de saúde Paula Botelho, que vêm nos apoiando sem medida para a gente conseguir estar alcançando esse índice e trazendo uma saúde mais digna para a nossa população”, disse.
Já o diretor do Departamento de Epidemiologia, Brenner Almeida, apresentou números das visitas realizadas e os resultados da segunda etapa do mapeamento aéreo com drone. Ao todo, os agentes de endemias visitaram 62.148 imóveis e trataram 38.393 focos do mosquito. Com o mapeamento aéreo, foram identificados e eliminados 902 pontos de interesse em 528,5 hectares. “E nisso nós tivemos uma baixa na região dos casos de dengue, zika e chikungunya. Até agora, notificados no SINAM, nós temos 61 casos de dengue e 7 de chikungunya. Exames confirmados laboratorialmente foram apenas seis para dengue e nenhum para chikungunya”.
Brenner também reforçou o papel da população no enfrentamento ao Aedes aegypti. “Mais uma vez gostaria de ter a colaboração de toda a população para aqueles 10 minutinhos por semana para vistoriar os quintais, para eliminar possíveis focos. Isso é fundamental para a sua saúde e para a saúde dos seus”.
O diretor ainda ressaltou que o mosquito está em constante adaptação e, por isso, o combate também precisa evoluir. “O Aedes aegypti está em constante evolução e nós também precisamos evoluir. A gente não pode trabalhar da mesma forma que trabalhávamos há 10 anos atrás. Essa evolução tem que ser constante. Ele evolui para sobreviver, nós evoluímos para eliminá-lo”.
Os dados apresentados têm como base o LIRAa – Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti – que estima o percentual de imóveis com focos do mosquito. A meta, segundo a equipe da Vigilância em Saúde, é continuar reduzindo esse índice com o apoio da comunidade, da tecnologia e das ações contínuas de campo.