Homicídio na zona rural de São João do Manhuaçu

SÃO JOÃO DO MANHUAÇU – Um homicídio foi registrado na noite de sábado (6) no córrego dos Pontões, zona rural de São João do Manhuaçu. A vítima é o fazendeiro José Marques, 69 anos. Levantamentos feitos pela Polícia Militar indicam o crime pode ter relação com a cobrança de uma dívida no valor de R$ 400 mil.

Por volta das 22h de sábado, a PM foi acionada ao córrego dos Pontões. Uma pessoa ligou dizendo que o corpo de José Marques, que estava desaparecido desde as 6h do mesmo dia, tinha sido localizado. A guarnição foi ao local e viu a caminhonete Toyota parada próxima a uma lavoura. O corpo da vítima foi encontrado no interior da lavoura.

Os militares conversaram com duas pessoas que encontraram o cadáver. Elas disseram que foram as primeiras a localizar o fazendeiro e que ele estava já sem vida. A Perícia Técnica da Polícia Civil esteve no local e constatou que a vítima apresentava lesões cortantes na nuca, pescoço e no lado direito da testa. Após o trabalho da perícia, a caminhonete foi liberada para um irmão da vítima e o corpo entregue ao serviço funerário.

POSSÍVEL MOTIVAÇÃO

Os militares fizeram diligências e falaram com familiares de José Marques, que relataram que a vítima estava tendo um enorme dissabor com determinada pessoa e que ela devia, inicialmente, a importância de 100 mil reais para José Marques, mas com a incidência de juros esse valor estaria na ordem de 400 mil reais, inclusive a dívida esta em discussão judicial por meio de ação de cobrança interposta na comarca de Manhuaçu. Os familiares comentaram que esse caso se arrasta há três anos e que a vítima chegou a dizer recentemente que caso algo lhe acontecesse, o suspeito seria esse indivíduo, pois certa vez ele teria dito que preferiria matar a quitar a dívida. Outra informação passada pelos familiares é que a vítima não chegou a registrar ocorrência sobre essa situação. Eles ainda disseram que o suspeito também reside na região e que o pai dele estaria ultimamente “mexendo e andando com pessoas estranhas”.

De acordo com os familiares, José Marques sempre portava uma pochete onde guardava documentos e dinheiro, mas a pochete foi o único pertence não encontrado no local do crime. Na sexta-feira (5), o fazendeiro chegou a pegar 7 mil reais para pagar as pessoas que trabalham na colheita de café, mas os familiares informaram que os pagamentos foram feitos normalmente.

Uma guarnição foi até a casa do suspeito, sendo atendida pela filha dele. Ela disse que o pai saiu de casa por volta das 14h de sábado e não mais retornou. A jovem confirmou que o pai tem celular, mas alegou que não sabia o número. Ela também não soube informar o paradeiro de seu avô.

Foi feito intenso rastreamento, mas nenhum suspeito tinha sido detido até o final dessa edição.