Arão se colocou entre os mortos e os vivos, e a praga cessou. Números 16:48
A praga já começou, e está se espalhando. Os sacerdotes já se levantaram, e se colocaram entre o povo, estão orando. Mas, e a praga, o que está acontecendo com ela?
Por que essa praga veio naqueles tempos ao povo de Israel ainda no deserto? Demorou chegar à terra da promessa, e decidiram – incitados por línguas malignas – a se rebelar contra a liderança de Moisés, e obviamente, contra o Chefe acima dele, Deus.
Revoltar-se sempre foi ‘natural’ no homem – desde que ele decidiu saber o que é bom e o que é mau. Teve início no lugar mais perfeito que já existiu, no jardim do Éden.
Da Veja de 09032020, tiro o seguinte: “Nas últimas 24 horas, a Itália registrou mais 36 mortes por causa do novo Coronavírus, o que aumentou para 233 o total de óbitos. A escalada de casos fez o governo de a Itália decretar quarentena em toda a região da Lombardia…”
O que isso nos diz?
Pois por aqui, a praga é a mesma. NÃO É UMA GRIPE – é uma praga, que vem sorrateiramente, e ataca a todos. Por isso, todos – repito, TODOS – precisam estar de alerta, e seguir as instruções.
O DESCASO às recomendações me dá a ideia que o mesmo espírito de rebelião nos influencia de achar que somos imbatíveis, ou que sabemos mais.
Escolhi o depoimento de um jovem médico (38 anos) daquela região italiana. Fiz a tradução do alemão da fonte citada (Gianni Giardinelli>):
“Nunca, mesmo no pior dos pesadelos imagináveis eu veria ou, muito menos, conviveria com o que tenho visto aqui no nosso Hospital nas últimas três semanas. O pesadelo flui como uma torrente escura, suja e amargosa e fica cada dia mais deplorável.”
“Nos primeiros dias vieram apenas algumas pessoas; depois, foi aumentando: dúzias, centenas e, agora não somos mais médicos. Somos selecionadores entre quem vive e quem é enviado para casa para morrer, mesmo que todos pagaram os altíssimos impostos ao governo italiano para uma cobertura total até o último de seus dias.”
“Outra coisa: Até a duas semanas meus colegas e eu éramos ateus; isso era tão normal, pois nós médicos somos e aprendemos, que a Ciência exclui a presença de Deus. Eu sempre caçoava de meus pais quando falavam ou iam à igreja.”
“Há sete dias chegou aqui um pastor de 75 anos: um senhor simpático, com sérios problemas respiratórios, e trouxe a Bíblia consigo. Ele logo despertou nossa atenção pois segurava a mão do doente enquanto lia a Bíblia para ele.”
“Mesmo estando nos sentindo muito cansados, e desanimados – psíquica- e fisicamente esgotados, conseguimos arranjar um tempinho para acompanhá-lo e ouvi-lo.”
“Hoje, tenho de confessar: Nós, seres humanos, chegamos ao nosso limite, porém não queremos e não podemos permitir que mais pessoas morram a cada dia.”
“Reconheço também, que nós, ali onde o homem pode fazer algo, precisamos de Deus, e todo minuto livre pedimos a ele sua ajuda. Outra coisa: voltamos a conversar entre nós, e não conseguimos mais imaginar como nós, antes, como selvagens ateus, cegos, estamos hoje a cada dia mais e mais na busca da nossa paz, e pedindo ao Senhor que nos ajude a nos opormos contra essa indiferença e má vontade dentro de nós, para que possamos de fato nos importar pelos doentes.”
“Ontem o pastor de 75 anos veio a falecer, e nas três semanas aqui ele deu apoio a mais de 120 pacientes em seus últimos momentos, enquanto que nós todos estávamos exaustos e sentindo derrotados. Ele conseguiu, apesar de seu estado e suas condições e dificuldades, trazer uma PAZ, a qual nós achávamos impossível.”
“O pastor foi para o seu Senhor, e em breve nós também o seguiremos, se o Senhor assim o quiser.”
“Faz seis dias que não tenho ido para minha casa, e não sei quando foi a minha última refeição. Reconheço minha insignificância neste mundo e meu maior desejo é dar meus últimos suspiros ajudando aos outros. Estou feliz que voltei para Deus, embora cercado do sofrimento e morte de meus concidadãos.”
Estou aqui representando uma instituição iniciada pelo saudoso Rev. Uriel de Almeida Leitão, que nestas alturas – se estivesse ainda entre nós – estaria cerrando fileiras nos dois lados: dos sacerdotes, intercedendo e clamando a Deus por misericórdia, e também, do lado do povo que está sofrendo, e que talvez esteja a caminho da eternidade, uma verdade que todos, mesmo o mais protegido e mais saudável, PRECISAMOS CONSIDERAR.
Não queria de jeito nenhum provocar medo – o pânico faz parte do time dos que perdem. Estou falando de SEGURANÇA NA CONFIANÇA.
Pois a questão hoje, agora, é, Vamos obedecer e nos isolar, para nos proteger e proteger aos outros???????????? Vamos seguir as instruções que nossa liderança, que nos respeita e ama, está dando, ou vamos continuar a dar ouvidos ao velho, enganosos e caducante espírito de “comigo ninguém pode”?
Nossa cidade não é o Jardim do Éden. Mas em qualquer lugar hoje os estragos causados pela falta de honestidade e amor ao próximo são imensos. Se eu fosse Deus… Deixa pra lá.
Mas aqui é onde você e eu estamos agora – e é aqui que a praga quer chegar.
Sim, não é uma gripezinha – é uma praga.
Meu querido, minha cara amiga, que o bom espírito de Deus abra os nossos olhos, e que cada um compreenda melhor o que está acontecendo. Queremos estar prontos para ouvir, e fazer o que deve ser feito. Ah, lembrei-me da visão do profeta Isaías (53:4-5): Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades… O castigo que nos trouxe a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Rev. Rudi Augusto Kruger – Diretor da Faculdade Uriel de Almeida Leitão e Coordenador das Capelanias da Rede de Ensino Doctum