Artigo

A NECESSIDADE DE SER CRIANÇA

Eu tinha 5 anos de idade – talvez 6. Mais não poderia ser… Lembro-me muito bem desse dia decisivo em minha vida: eu estava numa pequena sala, junto com outras crianças, e alguns adultos.
Quem dirigia a “classe” era uma senhora muito distinta, sorriso que vinha do interior dela, e que agregava ternura a cada uma de suas palavras.
Ela contava uma história, e nem me lembro nada dos detalhes. Era, porém, uma história verdadeira.
Só sei que no final desse conto eu estava profundamente tocado e emocionado.
Era sobre o amor do Deus – aquele que criou esse mundo, e como o homem infelizmente não seguiu as orientações dele – fez uma escolha errada, e por isso, em nosso mundo, sofremos desde então de todo o tipo de mal: inveja, insegurança, medo, falta de interesse pelo próximo, desleixo, falta de esperança, de vontade – enfim, é por isso que fazemos coisas erradas, deixamos de fazer coisas boas, machucamos um ao outro, falamos coisas que não são verdadeiras – mentimos, enganamos, etc. e etc.
Minha memória me leva de volta uns 70 anos! Até hoje a tenho vívida em meu depósito interior.
Mas a história não acabou ali.
Algo muito importante aconteceu – logo depois. A professora que narrava a linda história nos deu a oportunidade de virar a mesa!
Sim, virar a mesa de nossa vida!
Ela afirmou que a razão de Jesus ter vindo ao mundo era exatamente por causa dessa situação terrível – dessa constante humilhação pelo mal que já sofremos desde bem pequeninos – ele veio e passou por tudo o que ele passou, inclusive muita injustiça, muita dor, muita humilhação e açoites, tanto no corpo como na cabeça – e por fim, foi morto pendurado numa cruz!
Imagine: ele carregou sobre si o resultado dos nossos erros, do nosso mal, de nossas más ações e palavras maldosas.
Sim, castigo!
O momento decisivo da fala de minha professora amorosa, agora com os olhos cheios de lágrimas, de ternura muito tocante – foi quando ela disse que esse Jesus que tinha morrido por mim, pela minha culpa, estava batendo hoje (isto é, naquele dia) na porta de meu coração, pedindo para entrar. E que quem quisesse – ali e naquele momento – podia abrir a porta interior e deixar Cristo entrar.
Eu tomei aquela decisão, e fui inundado de uma alegria e compaixão indizíveis: foi o início de uma vida nova, aos seis anos de idade!
Jesus de fato se tornou o meu companheiro em todos os momentos.
Nem posso imaginar como teria sido minha vida sem ele ao meu lado, ou dentro do meu coração.
O melhor, porém, foi que ele me ajudava em tudo, e sempre me aconselhava no que fazer, que decisão que eu deveria tomar.
Infelizmente, nem sempre eu o obedecia.
Mas ele não era mandão, nem um tipo de tirano, escravizador.
A pessoa de Jesus é exatamente como ela está descrita nos Evangelhos: meigo, assertivo, encorajador, paciente, não-exigente, correto, justo, amoroso, sempre pronto para ouvir, para dar conselho, para ajudar – para perdoar, para dar uma nova chance!
Essa história vai continuar na próxima semana…
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – UniDoctum; E-mail: rudi@doctum.edu.br

Diário de Manhuaçu

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