Artigo

A Utilidade das Leis e Mandamentos Culturais

Não podemos negar que certos padrões são imensamente necessários para o bom desenvolvimento da sociedade mas, infelizmente, vivemos em uma época em que muitos preferem estabelecer suas próprias regras de conduta, movidos por sua maneira egoísta de enxergar o mundo.

Uma sociedade onde cada um tem suas próprias regras, mais cedo ou mais tarde encontrará o caos como consequência inevitável da falta de integração e compreensão de seus indivíduos, que buscam suas vontades, movidos completamente pelo hedonismo que rege nossa época. Agindo independentemente dos padrões da moral, da ética, e da verdade, cooperamos para a destruição da sociedade em que vivemos, colhendo como consequência o caos e a desordem social.

Sobre a ideia de não existir regras e proibições, Sigmund Freud, em seu trabalho “O Futuro de uma Ilusão”, um de seus escritos dedicados ao estudo da Antropologia Social, que se encontra em seu livro “Futuro de uma Ilusão, O Mal-Estar na Civilização e Outros trabalhos”, nos diz:

“Se se imaginarem suspensas as suas proibições – se, então, se pudesse tomar a mulher que se quisesse como objeto sexual; se fosse possível matar sem hesitação o rival ao amor dela ou qualquer pessoa que se colocasse no caminho, e se, também, se pudesse levar consigo qualquer dos pertences de outro homem sem pedir licença -, quão esplêndida, que sucessão de satisfações seria a vida! É verdade que logo nos deparamos com a primeira dificuldade: todos os outros têm exatamente os mesmos desejos que eu, e não me tratarão com mais consideração que eu os trato. Assim, na realidade, só uma única pessoa se poderia tornar irrestritamente feliz através de uma tal remoção das restrições da civilização, e essa pessoa seria um tirano, um ditador, que se tivesse apoderado de todos os meios de poder. E mesmo ele teria todos os motivos para desejar que os outros observassem pelo menos um mandamento cultural: ‘não matarás’.”

Uma sociedade relativista, que não reconhece padrões pré-estabelecidos, que não reconhece regras ou leis, se torna uma sociedade que caminha à barbárie e à sua própria destruição. Onde não há padrões e absolutos que se impõem e se sobressaem, reina o caos.

É necessário valorizar os padrões que regem e protegem a sociedade da corrupção do gênero humano, que é movido pela satisfação de seus prazeres e vontades. Precisamos urgentemente de pessoas que rompam com essa forma relativista de viver e que batalhem constantemente pela preservação dos valores que nos tornam pessoas melhores, uma sociedade melhor.

Precisamos repensar a nossa maneira de ver o mundo, buscando enxergar o valor que reside nas regras e padrões morais para a conservação da comunidade como um todo, não somente visando as vontades e as ideias egoístas que todos nós temos.

 

Wanderson R. Monteiro

(Bacharel em Teologia pelo ICP)

São Sebastião do Anta – MG

Diário de Manhuaçu

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