Uma comunidade viva, que não para de crescer!
Não é difícil de imaginar um movimento que não para de
crescer.
Imagine comigo: Jesus andava com seus discípulos (e
discípulas!!!) pelas ruas e estradas empoeiradas de Israel.
Onde quer que ele ia, não perdia a oportunidade de falar
do amor de Deus – e de demonstrá-lo. No lugar onde
encontrava alguém com algum tipo de problema, ele
parava, e dava atenção, falava algumas coisas, e um
milagre acontecia. Aí ele até pedia (às vezes, de forma
enérgica), para que quem tivesse recebido uma graça,
ficasse calado, não falasse com ninguém.
Continue imaginando comigo:
– Fulano, você foi curado! Agora, vai para casa, e fica
quietinho.
Ou – Escute, você não está mais com aquele problema. Vá
logo ao sacerdote (a autoridade de saúde local) e se mostre
pra ele. Depois, faça a oferta indicada pela Torá, e vá pra
casa!!!!!
Ninguém obedecia. Ninguém podia calar-se. E mesmo
sem telefone, internet, WhatsApp, mídia social, ou tv, ou
rádio, a boa notícia corria rapidamente. É difícil calar
sobre algo que é bom, que nos torna mais felizes.
Quando a primeira comunidade de Jerusalém teve seu
início – como relata Atos dos Apóstolos logo no seu
segundo capítulo – eles tinham reunido muito mais que
três mil pessoas! Pois, quase três mil (Atos 2.41) se
uniram a eles, uma percentagem de todos os que tinham se
reunido para ouvi-los –
“Estavam em Jerusalém judeus piedosos de todas as
nações que há debaixo do céu. Quando o som foi ouvido, a
multidão se aglomerou. E todos ficaram confusos, pois
cada um os ouvia falar na sua própria língua.
E, perplexos e admirados, diziam uns aos outros: Por
acaso esses que estão falando não são todos galileus?
Como, então, cada um de nós os ouve falar em nossa
língua materna [isto é, do lugar onde nascemos]? Partos,
medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e
da Capadócia, do Ponto e da Ásia [nome de província
romana na atual Turquia], da Frígia e da Panfília, do Egito
e das regiões da Líbia próximas a Cirene, e romanos aqui
residentes, tanto judeus como convertidos ao judaísmo,
cretenses e árabes, todos nós os ouvimos falar das
grandezas de Deus em nossa própria língua.
E perplexos e pasmos, todos diziam uns aos outros: O que
isto quer dizer? Mas outros [é claro – sempre há os mais
“inteligentes”], zombando, diziam: Eles estão bêbados do
muito vinho! (Atos 2.5-13)
Um crescimento natural!
Sem nenhum centavo gasto com divulgação, com
marketing e toda a sua parafernália! A verdadeira
propaganda, que é a mais eficiente, que não custa nada –
esta é a que produz o crescimento verdadeiro!
Todos aqueles mencionados acima – de tantos lugares
diferentes – voltaram para suas casas, suas cidades, seus
países – após os dias de festa para as quais todos os
homens judeus a partir de certa idade eram obrigados a
frequentar, não importava as dificuldades, a distância, se o
“carro” era novo ou velho, se a safra tinha sido boa ou não
– tinham de ir, e iam, e estavam juntos como um povo,
apesar de estarem espalhados pelo mundo!
O estado americano da Georgia é “O Estado dos
Pêssegos”. A foto mostra um pessegueiro carregado. É de
dar “água” na boca!
Das centenas que comi, nunca encontrei um “bichinho”
sequer!
Sem nenhum plano de expansão, a primeira comunidade
seguidora de Jesus Cristo quase que imediatamente teve
“seguidores” em todo o lugar, e todos estes – praticamente
cada novo grupo de cada lugar – tinha muita coisa boa para
compartilhar, para contar, e para oferecer. Por isso, não
conseguiam se calar!
Essa é uma das maiores e principais características da
igreja à qual fomos todos temos sido chamados!
Quando estamos ligados ao tronco, à árvore, daremos
frutos – muitos frutos, não importa quais as condições nas
quais estivermos. Não precisamos de pregação
evangelística fervorosa, nem de folhetos ou vídeos (há
muitos bons mesmo!) – mas o que precisa ser falado e
destacado é O ESTAR LIGADO AO TRONCO, À
ÁRVORE, À FONTE DA VIDA – você sabe quem é, não
é verdade? É o Jesus de Nazaré.
A árvore que é plantada e que cresce não pode agir
diferentemente. E ai de nós se tentarmos impedir esse
crescimento!
É isso que estamos assistindo nessa igreja que visitamos
de novo.
Outro dia o líder me disse:
“- Há pouco tempo recebemos uma comunicação do
Paquistão, que um grupo abriu uma comunidade por lá, e
que quer estar ligado a nós. E nem sabemos como eles
ficaram sabendo quem somos e que estamos aqui neste
lugar há mais de 12.000 quilômetros de distância. Mas
eles se sentem e querem estar ligados a nós. Nem sabemos
como é que esse grupo nasceu!”
Ele comentou mais: “- Outro dia, recebemos notícia
da Venezuela, caso bem semelhante. Decidimos ir lá. E
isso nesses tempos atuais, com todas as dificuldades que
existem por lá. Após muita pesquisa, conseguimos
programar a viagem. Fomos de avião até um certo lugar,
depois de condução até a fronteira. Chegando lá, havia um
carro nos esperando. Adivinhe como: era um carro
escoltado por dois carros oficiais, com policiais. Partimos,
numa viagem de 4 horas, passamos por 20 postos militares
de checagem, nos quais faziam a revista do carro e das
pessoas – passamos por todos eles sem nenhuma
dificuldade, e no dia seguinte, tivemos a primeira reunião.
Sabe aonde? Em plena praça pública! Mais de mil pessoas
estavam lá, nos esperando, para ouvir a palavra de Jesus!”
Meu desejo é que todos nós possamos encontrar esse
lugar onde há o crescimento verdadeiro, onde o amor une
e dá coragem para enfrentar quaisquer barreiras!
Na próxima semana, continuarei contando mais sobre esta
comunidade real, e que pode ser visitada, e que está
alcançando o mundo – naturalmente!
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de
Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino
Doctum – UniDoctum [email protected]