O Poder da Oração
Tenho escrito ultimamente sobre o que um grupo de cristãos da Alemanha fez, na medida que eles foram se aprofundando no mistério e poder da intercessão.
Orar é algo muito poderoso.
Orar com um coração ciente do nosso erro, da nossa culpa, e crendo Deus é maior que o nosso pecado – isto é, mesmo que Ele não abona nossos erros, mas Ele é tão humano que compreende, perdoa e nos dá a oportunidade de começar de novo, de seguir em frente, de estar “de bem com a vida”, ou “de bem consigo mesmo” APESAR DO QUE FIZEMOS!
E orar pelo nosso próximo, ou pela nossa comunidade, cidade, estado, país – isso, é algo maior ainda – pois estamos também cumprindo o maior mandamento: de crer, confiar, amar de verdade a Deus, nosso Criador e Salvador, e de amar nosso próximo como a nós mesmos. Porque ninguém é uma “ilha” – estamos todos ligados uns aos outros. Tanto o bem que eu faço como o mal, direta ou indiretamente, afeta o meu “ao redor”, às pessoas com quem convivo.
Então, INTERCESSÃO é algo muito importante, principalmente quando estamos passando JUNTOS uma situação muito difícil.
É por isso que os ministros e pessoas tementes a Deus aqui de Caratinga estão separando tempo diariamente para buscar a face do Altíssimo, e clamar por misericórdia, por ajuda, pela cura de pessoas doentes, pelo fim dos crimes ocultos (geralmente cometidos contra pessoas indefesas, fragilizadas – como os idosos, as crianças, as mulheres; os desfavorecidos, os que não têm uma casa para morar, que não têm comida regularmente, que não têm fonte de renda regular).
A oração intercessória visa a intervenção de Deus ali onde o homem não pode, ou não quer entrar.
Mas Deus pode, e Deus quer trazer justiça, trazer esperança, trazer paz, trazer saúde.
Quando, por exemplo, os recursos da saúde que o governo disponibiliza são desviados, ou somente direcionados para atender pessoas de classe mais elevada – como se os mais pobres não têm direito à tratamento! – ALGO MAIOR tem que acontecer!
Tantos são os exemplos, as situações, as pessoas que são deixadas de lado – que ficam esperando na fila, ou nem podem ir lá – e tudo isso aumenta os problemas, e as dificuldades entre nós.
Hoje, o grupo de INTERCESSORES alemães que ora pela Alemanha reconhece que os cristãos falharam bastante. Principalmente, também, quanto a círculos e organizações secretas com práticas realmente sinistras e de crueldade de extrema grandeza (coisas que talvez só depois foi revelado). Mas o que fizeram (sem princípios, sem escrúpulos, sem qualquer senso de humanidade) tinha sido planejado, e executado. Hoje eles reconhecem que estavam paralisados por medo, ou, porque fechavam seus olhos para a agitação desses movimentos ao seu redor. Em qualquer caso, eles reconhecem: o que é lamentável mesmo é que “… simplesmente deixamos de usar nosso tremendo poder e autoridade em nome de Jesus”.
Eles continuam em suas declarações e orações perante o Senhor de todas as coisas: essas forças sombrias nunca teriam sido capazes de crescer como cresceram e chegar ao ponto de, por exemplo, induzir Adolf Hitler a ter aquelas ideias macabras e de concretizá-las, SE o corpo de Jesus tivesse se oposto de uma forma unificada, em oração e no exercício de sua autoridade.
Vejam que convicção e atitude corajosa está crescendo entre eles na oração continuada e persistente:
“… devemos nos lembrar que não existe nenhum movimento ou ideologia popular que tenha o poder de se renovar e de trazer mudança – só a igreja de Jesus é capaz disso, e que por meio da oração ela é a única autoridade que pode trazer profundas transformações e renovação. Sem a intervenção madura do corpo de Cristo as evoluções e os desenvolvimentos tanto políticos como espirituais nunca poderão trazer algo novo, e certamente nenhuma melhora em direção à verdade, humildade e graça. Pelo estudo da Palavra cremos que paira sobre a igreja de Jesus a responsabilidade maior – por isso, ela também se torna dessa forma, a responsável por todos os desenvolvimentos errados que houver em um povo. Ela, acima de tudo e de todos os envolvidos, precisa se humilhar, reconhecer este seu pecado e confessá-lo, e pedir perdão a Deus.”
Eu creio nisso.
E não estou sozinho. Nessas últimas semanas recebi diversos comentários sobre o que escrevi. Pessoas aqui de nossa cidade, de diferentes origens religiosas, confirmando esta necessidade, e afirmando sua fé no poder da oração.
Queria agradecer pelo seu envolvimento, e vamos continuar orando. Nosso Pai Celeste está atento e quer ouvir nosso clamor: “Pai nosso que estás no Céu…” Mesmo se esse clamor vier do “fundo do poço”!
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – UniDoctum [email protected]