Tema da 34ª edição é “Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão”
CARATINGA– Com o tema “Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão” é realizada a 34ª Assembleia Diocesana de Pastoral da Diocese de Caratinga. O evento é realizado no Seminário Diocesano de Nossa Senhora do Rosário e conta com a participação dos bispos dom Juarez e dom Emanuel, do clero diocesano e religioso, irmãs de institutos, seminaristas de todas as etapas e demais representantes dos movimentos e paróquias da Igreja Particular.
Dom Juarez destaca que o momento é importante para conhecer a história da Diocese e a partir dessa história construir um futuro. “A possibilidade grandiosa de ver e agora também de interagir a partir do que está vendo. Um conhecimento muito bom da história. E também, a Assembleia é marcada com representantes de toda a nossa Diocese. Pessoas que trabalham diretamente nas pastorais, nos movimentos. Estão muito engajadas à frente das nossas paróquias. Isso traz um ganho muito grande pra nós. Nas nossas partilhas, no conhecimento da realidade que nós temos. E também daquilo que o padre Geraldo vai nos orientando nesse caminhar, utilizando a teoria que ele traz para nós, a questão das luzes que ele traz e a prática que nós já temos com nossa pastoral. Gera muita esperança. Trago esperança, alegria, poder trabalhar com o povo e poder também estar mais próximo desse povo, especialmente nesses dias reunidos nessa Assembleia”.
Os momentos de estudo e reflexão prosseguiram nesta terça-feira (30) com padre Geraldo Luiz de Mori. “A Igreja Católica está vivendo esse processo sinodal, que vai terminar agora em outubro com a 2ª Assembleia do Sínodo, em Roma. O Sínodo tem como tema ‘Para uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão’, começou em 2021 e aqui na Diocese houve uma etapa que foi da pré-escuta e estamos querendo aproveitar essa etapa, também o caminho que está sendo feito pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, para elaborar o que a gente chama de novas diretrizes da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, que serão aprovadas no próximo ano”.
Conforme padre Geraldo, o objetivo é participar ativamente desse processo prevendo um novo plano de pastoral da igreja católica em Caratinga, em todas as suas paróquias. “E esse processo a igreja daqui deu uma caminhada muito bonita de escuta das diferentes pastorais, comunidades, grupos que compõem a diocese, o que a gente chama de uma caminhada sinodal, que é feita buscando escutar a todos. A proposta que trazemos aqui é recordando essa história bonita da vida da diocese, como essa história pode inspirar-nos para seguir adiante a partir daquelas orientações que vão sair do Sínodo, que provavelmente o Papa vai escrever o texto no início do próximo ano, que a gente chama Exortação Pós-Sinodal”.
A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já começou o processo de elaboração das diretrizes, convergindo no próximo ano, em julho, quando será realizada outra etapa da Assembleia Diocesana. “Aprovando também quais serão as grandes diretrizes, as grandes opções, para onde a Igreja Católica daqui quer insistir mais, que é importante para poder continuarmos a missão da Igreja, que é anunciar o Evangelho”, afirma padre Geraldo.
O coordenador diocesano de pastoral padre Patrício Fialho frisa que a Assembleia é um encontro movido pela união. “De todas as pastorais a nível de Diocese, os movimentos, todas as paróquias, além dos padres. É a gente caminhar juntos, a proposta do Sínodo, refletir juntos, rezar juntos, buscar escutar os apelos que o Espírito Santo está fazendo a cada um de nós. Não viemos aqui para defender interesses próprios, mas, pensar na Igreja. Fazemos parte dessa igreja que é convida a caminhar junta, então, a Assembleia é essa união de todas as forças pastorais, movimentos e isso também vai chegar para quem não está presente fisicamente aqui’.
Padre Marlone Pedrosa, mestre em Teologia Pastoral pela e vigário do Santuário Senhor Bom Jesus fez uma apresentação histórica da Diocese aos participantes. “Estamos na 34ª Assembleia e nosso povo é sempre muito receptivo e animado nessas assembleias. Isso é muito gratificante pra nós. E tivemos oportunidade aqui de fazer uma releitura do nosso caminhar pastoral desde o Vaticano II até hoje. É bom lembrarmos que nós que aqui estamos hoje como padres e leigos de Caratinga, não estamos inventando a igreja em Caratinga, ela tem todo um percurso, uma história bonita que merece ser rememorada, contada e ser fonte de inspiração para que possamos então, de forma muito consciente, cristã e comprometida com o caminhar dessa diocese, propor diretrizes, metas e objetivos para que possamos então fazer esse plano de pastoral, que tem que ser não só a cara da nossa Diocese, mas, sobretudo, a cara da igreja no Brasil, na América Latina, atendendo as perspectivas e necessidades do mundo atual que são muitas”.