
Abrigos de ônibus, bem como lixeiras e banheiros públicos, são alguns dos alvos de depredação da cidade.
Em vários pontos de Manhuaçu é possível observar abrigos de ônibus, lixeiras e banheiros depredados; alvo de vândalos, esses equipamentos demonstram o descaso da população para com o bem público
MANHUAÇU – Com um caso de vandalismo em uma escola de Manhuaçu, o DIÁRIO foi às ruas para avaliar como anda o cuidado da população com o bem público. Abrigos de ônibus, banheiros públicos, lixeiras e até o próprio Parque de Exposição da cidade e a rodoviária, todos tem algo em comum: são alvos preferenciais da ação de vândalos. O custo com a manutenção desses equipamentos acaba se tornando alto para o Município, só na reforma do terminal rodoviário foram mais de R$ 80 mil, dinheiro este que poderia ser investido em outra obra que beneficie a população.
De acordo com o secretario de obras, João Amâncio, todo evento realizado no Parque de Exposições, logo após é preciso uma intervenção da Secretaria de Obras, pois vasos sanitários, torneiras, portões, tudo é alvo de depredação. “De mês em mês, quase, tem reparos para fazer lá devido a depredação”.
Você, leitor, já percebeu, principalmente antes da instalação dos contêiners de lixo, o quanto é difícil encontrar lixeiras na cidade? Pois é, todas as que eram instaladas foram quebradas. Assim, como ela, abrigos de ônibus podem ser vistos com teto quebrado. Escolas? Outro alvo constante. Para o secretario é preciso que as pessoas entendam que “aquilo ali é dinheiro delas, é dinheiro público, isto é, de todos”.
De acordo com João Amâncio, a situação dos banheiros públicos também é vergonhosa. “Ele é da população e ela própria depreda, estraga, quebra vaso, torneiras, etc”. Outo exemplo, é a própria rodoviária. Foram gastos em torno de R$ 80 mil com a revitalização. Foram reformados banheiros, a iluminação, bancos, tudo para o conforto daqueles que embarcam e que chegam a cidade. Dinheiro esse, que caso a rodoviária ainda estivesse em boas condições, isto é, não tivesse sido depredada, poderia ser investido em outras obras necessárias para a cidade.
VANDALISMO EM ESCOLA
Embora seja numa escola Estadual, o ato de vandalismo, registrado nesta segunda-feira (24), na Escola João Xavier da Costa, no Engenho da Serra, demonstra a descaso do próprio munícipe para com os bens públicos existentes em Manhuaçu.
De acordo com o relato da supervisora da escola, os educadores chegaram para trabalhar pela manhã e encontraram a sala dos professores toda revirada. Os armários foram arrombados, todos os materiais e objetos da sala jogados no chão e ainda alguns diários escolares danificados.
Foi constatado que uma das janelas da sala foi arrombada, local por onde o autor entrou. Ainda segundo a solicitante nada foi levado. A PM registrou a ocorrência para futuros fins e está em busca de informações sobre a autoria do delito.

Secretário de obras falou sobre o dinheiro gasto com manutenção no Parque de Exposições e na revitalização da rodoviário, locais alvo constante da ação de vândalos.
MAIS DINHEIRO INDO PELO RALO
Segundo o secretario de obras, outro grande problema na cidade tem sido com a quantidade de entulho despejados em vias públicas. Em alguns bairros, na parte da manhã é retirado um caminhão de entulho e à tarde costuma ter o dobro.
“Quanto mais tiramos, mais a população produz. Às vezes, as pessoas passam e acham que a cidade está mal cuidada, que não está sendo feito o serviço de limpeza, mas é que a própria população tem despejado esse entulho, onde antes já estava limpo, gerando um custo alto para o Município. Às vezes acumula tanto, que são três, quatro caminhões para retirar”, relata João Amâncio.
De acordo com o secretario, os principais locais onde isso ocorre são em alguns pontos no Engenho da Serra e do bairro São Francisco, mas os demais bairros também têm produzido muito entulho. “Isso gera um custo muito alto para o Município, é difícil mensurar valores, mas gastamos em média um caminhão, uma carregadeira e mais sete trabalhadores por dia. Só a diária do caminhão é de mais de R$ 400 por dia, mais o valor dos trabalhadores e da carregadeira. O custo é muito alto. Toda vez que o cidadão coloca o entulho na rua ou no próprio rio gera um custo alto e o dinheiro do povo é que vai pelo ralo”, explica.
João Amâncio alerta: “estamos em conversa com a Câmara para realizar um trabalho de conscientização e a criação de uma lei para a punição dessas pessoas, afinal não é de responsabilidade do Município recolher esse entulho, é de quem o produz”.