A agência, que atende toda a região, segue o movimento nacional, ainda sem previsão de voltar ao normal
MANHUAÇU – A agência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de Manhuaçu continua em greve, sem ainda previsão para normalizar o atendimento, apenas dois servidores não aderiram à paralisação. Atualmente, apenas penas as perícias de pedido de prorrogação e as que não dependem de nenhuma providência dos servidores administrativos estão sendo realizadas.
Nesta terça-feira (21), ocorre uma reunião em Brasília entre os representantes nacionais da classe e o Governo Federal, voltou a apresentar a proposta do reajuste de 21 % dividido em quatro anos. Outros assuntos da pauta específica, como realização de concurso público, melhoria nas condições de trabalho, turno estendido de atendimento, entre outros, irão ser discutidos nós próximos dias.
De acordo com o servidor e um dos coordenadores do movimento em Manhuaçu, Sebastião Marcos Coelho, são reivindicadas melhorias nos salários e nas condições de trabalho, incluindo a contratação de mais servidores para a agência de Manhuaçu, uma vez que os que têm hoje não conseguem suprir a demanda.
“Essa agência peca muito pela falta de servidores, com isso, há uns três meses que não atendemos requerimento de aposentadoria por idade; aposentadoria por tempo de contribuição; auxilio reclusão, isto é, todos os benefícios urbanos não são mais atendidos aqui, justamente por essa falta de profissionais. Hoje, com 12 funcionários, nós atendemos Manhuaçu e mais 14 municípios da região. As pessoas vêm aqui e chegam às 7 horas e demoram duas, três horas para serem atendidos. Além disso, nossa situação é precária quanto a atendimento, precisamos atender muito rápido, senão não conseguimos dar conta da demanda. A legislação previdenciária é complicada, tem minúcias que precisam ser detalhadas, principalmente para aquelas pessoas que não tem um conhecimento mais aprofundado, e que infelizmente acabam saindo daqui sem terem seu problema resolvido; sem contar na espera, que é longa”, esclarece o Sebastião Marcos.
O coordenador destaca que os poucos servidores que tomaram posse no último concurso público e foram destinados a trabalharem na agência de Manhuaçu, logo saíram devido às más condições de trabalho. “Tivemos uma reivindicação recentemente atendida, relativa à melhoria da estrutura da agência, mas o grande complicador é a quantidade de servidores, inclusive já temos um requerimento protocolado no Ministério Público Federal, justamente sobre essa questão. Espero que a população entenda que essa reivindicação é também em favor dela”, destacou.
Além da queixa em relação ao quadro de pessoal Segundo o servidor, o Sindicato está reivindicando um aumento de 27%, imediato com a reposição para acompanhar pelo menos inflação, um direito assegurado pela constituição a todos os servidores.
Na próxima segunda-feira (27), os servidores da agência em Manhuaçu se reuniram para decidirem os rumos do movimento.

Um dos coordenadores do movimento em Manhuaçu, Sebastião Marcos Coelho, falou sobre o problema com o quadro de pessoal, que não consegue atender a demanda da região.
ORIENTAÇÕES DO MINISTÉRIO
Sobre a paralisação dos servidores, o INSS divulgou em sua página na interna as seguintes orientações:
1 – Os segurados que possuam agendamento para atendimento em uma Agência da Previdência Social (APS) e que não sejam atendidos em razão da paralisação dos servidores terão sua data de atendimento remarcada. O reagendamento será realizado pela própria APS e o segurado poderá confirmar a nova data ligando para a Central 135 no dia seguinte à data originalmente marcada para o atendimento.
2 – O INSS considerará a data originalmente agendada como a data de entrada do requerimento, para se evitar qualquer prejuízo financeiro nos benefícios dos segurados.
3 – A Central de Atendimento 135 está à disposição para informar quais as Agências onde não há atendimento em virtude da paralisação e para orientar os cidadãos.
4 – O Ministério da Previdência Social e o INSS têm baseado sua relação com os servidores no respeito, no diálogo e na compreensão da importância do papel da categoria no reconhecimento dos direitos da clientela previdenciária e, por isso, mantém as portas abertas às suas entidades representativas para a construção de uma solução que contemple os interesses de todos.