MANHUAÇU – O sepultamento do corpo de uma mulher
em jazigo que pertencente à outra família virou caso de
polícia em Manhuaçu. Tudo começou no primeiro dia
deste ano por causa de uma confusão com o sobrenome
igual das famílias.
Sem solução após mais de três meses, o homem, dono do
jazigo, resolveu depredar o túmulo, no último domingo,
06/03, e a polícia entrou na história.
A mãe de uma jovem de 19 anos foi sepultada, no dia 1º
de janeiro deste ano, no túmulo de número 1448 do
cemitério municipal de Manhuaçu. No entanto, já havia
uma mulher sepultada nesse mesmo jazigo: a esposa do
dono do túmulo, no caso, o autor das depredações: um
militar reformado de 85 anos.
O idoso alega que, assim que soube da confusão, acionou
a gestão municipal. No entanto, segundo o próprio afirmou
às autoridades policiais, nada foi feito.
No último dia 21/02, ele resolveu arrombar o caixão que
divide o espaço com sua saudosa mulher.
Nessa sexta-feira, 04/03, ele repetiu a ação: fez um buraco
no túmulo e deslocou o caixão.
Sobrenome igual
A Secretaria Municipal de Administração afirmou aos
militares que a confusão ocorreu por causa de um
sobrenome igual entre as duas famílias. Uma funcionária
da pasta admitiu o erro no domingo e disse que, até esta
segunda-feira, seria feito o reparo na estrutura e a
transferência do caixão.
No entanto, conforme a reportagem apurou, a promessa
não havia sido cumprida até a tarde desta terça-feira, 08. A
justificativa é o respeito ao trâmite jurídico para exumar o
corpo e trocar de jazigo.
Em nota, a Prefeitura de Manhuaçu reforça que "todas as
medidas cabíveis já estão sendo tomadas para solução
mais rápida possível. O prazo segue recomendação
judicial e atende tempo da necrópsia”.
(Fonte: Tim Filho/ Especial para o EM)