
Em assembleia, servidores optaram por aguardar respostas do Executivo e só depois agendar uma nova reunião.
Em assembleia, servidores decidem esperar por reposta do Executivo sobre
MANHUAÇU – Ocorreu na noite desta quarta-feira (26), no anfiteatro da Câmara Municipal, a assembleia dos servidores públicos municipais relacionada ao Decreto 657, que altera a carga horária dos servidores. Em votação, trabalhadores do funcionalismo Municipal optaram por aguardar resposta do Executivo, na próxima sexta-feira (28), sobre a situação da carga horária e dos salários e quantos de fato serão afetados com a decisão, para depois agendarem uma nova assembleia que definirá futuro do movimento.
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (SINTRAM), Jaime Ferreira, leu o documento de resposta do Procurador do Município sobre as reivindicações dos servidores entregues ao Executivo durante a paralisação ocorrida no último dia 19.
Na resposta as, o Executivo informou que está realizando um estudo do impacto do aumento do salário, em decorrência da carga horária. O Procurador alega que a folha de pagamento encontra-se no limite do que é permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, mas que tal estudo está sendo elaborado, pois o Poder Executivo está disposto a proceder a adequação salarial, desde que não viole dos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal e dentro dos limites financeiros do Município.

Presidente do SINTRAM na leitura da resposta enviada pelo Executivo às reivindicações dos servidores.
O Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Nelson de Abreu, apresentou um documento de 1998, que foi lido por uma servidora pública, registrado em cartório que contém o acordo realizado entre o sindicato, representando os servidores públicos municipais, e os representantes da administração Municipal na época. “Se nós unidos, na época, conseguimos o acordo que estabelecia a carga horária de seis horas, nós iremos conseguir agora. Mas é preciso união de todos os servidores. A saúde sozinha não irá conseguir nada”, declarou.
Antes de definir os próximos passos do movimento dos servidores, o consultor jurídico do SINTRAM, Glauber Vidal, falou aos servidores sobre uma necessidade de recuar com o movimento a fim de fortalecê-lo. “O movimento é forte, mas não tão forte como estava semana passada devido ao assédio moral e perseguição. Minha sugestão é que aguardemos a resposta do Executivo na sexta-feira, que nós fortalecemos nossa pauta, pois a carga horária é só a ponta do iceberg de nossa luta. O Prefeito está tirando todos os direitos do servidores, tirou insalubridade, nosso Estatuto parcialmente inválido, enfim, nossa luta é muito maior. Precisamos fortalecer o movimento, verificar quantos servidores serão realmente afetados, se haverá adequação salarial, para assim definirmos nossas próximas ações”., declarou.
O presidente do Conselho de Saúde também se mostrou a favor de aguardar até a resposta do Executivo, até mesmo porque, segundo ele, os Secretários das pastas ainda não estão cobrando a carga horária de oito horas, logo ele orientou: “vamos continuar fazendo as seis horas e se mandaram fazer a carga horária de oito horas, então poderemos nos mobilizar”.
Uma das servidoras ainda se pronunciou dizendo que era preciso deixar a população ciente e consciente da luta dos servidores para que ela não vire contra o servidor. “Precisamos mobilizar a mídia, as pessoas, para que todos estejam a nossa favor”. Ela ainda ressaltou que houve reclamação de um usuário durante a última paralisação, que procurou inclusive a Promotoria.
Ao final da reunião, após votação dos servidores, ficou definido que será agendada uma próxima assembleia, porém sem data definida a princípio. O sindicato irá aguardar as respostas do Executivo para então convocar os servidores.

Presidente do Conselho Municipal de Saúde: ‘vamos continuar fazendo as seis horas, se mandarem fazer oito, aí sim iremos nos mobilizar”.