Comarca de Abre Campo realiza mutirão do júri

Integrada a Projef, iniciativa põe em dia julgamentos suspensos pela pandemia

 

ABRE CAMPO – O cumprimento de metas, a resposta à sociedade e a adesão a uma proposta de dinamização do Judiciário são alguns dos resultados de uma ação coordenada da comarca de Abre Campo e de parceiros institucionais. O mutirão realizou seis sessões do tribunal do júri em nove dias úteis, sentenciando sete processos.

O juiz Rodrigo Maas dos Anjos, titular da 2ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais e diretor do foro da comarca, destaca que a conquista só foi possível devido a uma grande rede de colaboração. Por meio do Programa Justiça Eficiente (Projef), o magistrado contou com o auxílio de três colegas, que foram a Abre Campo presidir os julgamentos.

“O Projef se revelou um instrumento importante para promover celeridade na tramitação dos processos. O juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Rui de Almeida Magalhães, atendeu-nos prontamente. Sou grato também aos juízes que colaboraram conosco, Dalmo Luiz Silva Bueno, Júlio Ferreira de Andrade e Rodrigo Braga Ramos”, disse.

 

Ao chegar à comarca, em meio à pandemia, o juiz Rodrigo dos Anjos ficou impedido de realizar os júris já agendados, em obediência às normas para conter o contágio pelo coronavírus. Como o cenário permaneceu o mesmo por meses, houve sucessivos adiamentos dos julgamentos.

Com o avanço da vacinação e de outras medidas, o magistrado avaliou que era possível a realização de sessões, desde que fossem adotadas as medidas sanitárias pertinentes e que houvesse um reforço dos julgadores, pois as demandas mais recentes e de réus presos não podiam parar. E havia processos que apuravam crimes ocorridos em 2003, 2005, 2006 e 2012.

“Foram mais de 46 horas líquidas de trabalho em plenário. Os jurados convocados, vindos de cidades que distam até 70 km da sede, compareceram a todas as sessões, permitindo a conclusão das atividades. Em outubro, retornaremos com mais seis julgamentos, com a ajuda do juiz Michel Cristian de Freitas”, afirma.

O magistrado conta que, além da equipe do Fórum Doutor Octávio de Paula Rodrigues, a mobilização envolveu o Ministério Público, que acolheu o mutirão e enviou promotores de justiça de outras comarcas para ajudar a aliviar a sobrecarga dos titulares de Abre-Campo, e à subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais, que nomeou defensores dativos dos seus quadros para atuarem nos júris.

 

“Agradeço, de maneira especial, aos servidores da vara, os quais acolheram o projeto e imprimiram o necessário comprometimento à sua envergadura. Representando todo o grupo, nomeio aqui a escrivã Simone Salgado Rodrigues Gomes, a servidora Elizete Aparecida Martins Frade Bedetti e o assessor, Yago Abreu Barbosa dos Santos. Por todo o auxílio da advocacia abre-campense, expresso minha gratidão à pessoa do presidente da entidade, Jesus José de Miranda”, declarou.

Segundo o juiz Rodrigo Maas dos Anjos, a carreira da magistratura traz desafios consideráveis, mas também a oportunidade de alcançar êxitos e resultados de forma coletiva. Ele enfatiza que o esforço concentrado rendeu frutos visíveis como a resposta aos cidadãos e a melhora na qualidade na prestação jurisdicional, mas também o aprendizado para todos os envolvidos. “Foi um tempo de trocar experiências, compartilhar reflexões e estreitar laços de amizade”, concluiu.

Situada na Zona da Mata, a comarca de Abre Campo é formada pela cidade sede e pelos municípios de Caputira, Matipó, Pedra Bonita e Santa Margarida. Abrange ainda os distritos de Granada, Padre Fialho, Ribeirão de São Domingos e Sericita.

 

Assessoria de Comunicação TJMG