Ações direcionadas para a saúde da mulher e o diagnóstico do câncer de mama já alcançam 46 municípios e avançam pelo estado
DA REDAÇÃO – A Secretária de Estado de Saúde (SES-MG) destacou avanços na área da saúde da mulher que vêm sendo realizados no estado, por meio de ações e investimento do Governo de Minas, em audiência da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na terça-feira (16/7).
As ações, relacionadas ao diagnóstico do câncer de mama e a assistência às pacientes no estado, foram detalhadas pelo secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti.
“Temos que garantir do início ao fim a experiência da paciente dentro da rede de assistência. Para isso, renovamos os mamógrafos analógicos para digitais no estado inteiro, com investimentos de R$75 milhões para 46 municípios, o que é um avanço enorme no diagnóstico’, apontou.
O secretário também destacou a criação de um sistema de critérios de rastreio, pela qual a mulher na faixa etária elegível tenha acesso anualmente à mamografia.
Segundo Baccheretti, por meio do laudo de rastreio, será verificada a indicação do ultrassom complementar, de uma consulta e da biópsia, caso necessário.
“A mulher será avaliada do início ao fim e, para que isso ocorra, o Estado irá beneficiar os municípios e prestadores com valores destinados por eixos e prazos cumpridos”, explicou.
Revisão Opera Mais
Fábio Baccheretti também informou que os procedimentos oncológicos serão incluídos na próxima revisão do programa estadual Opera Mais.
“É mais um passo importante para que acelere a execução desses procedimentos e a conclusão do tratamento da paciente”, ressaltou.
O secretário também informou que está em andamento o projeto para a criação de um aplicativo para se somar às iniciativas.
“Vamos disponibilizar, em breve, na palma da mão da mulher, a opção de marcação da mamografia, da consulta e que ela acompanhe todo o processo”, anunciou.
Segundo o secretário, a nova tecnologia, além de facilitar o processo de agendamento, também vai permitir o envio do diagnóstico para a equipe da atenção primária do município de residência da paciente e ao Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) e Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) para dar início ao tratamento.
Estratégias
O presidente da Comissão de Saúde da ALMG, deputado Arlen Santiago, apresentou os dados do câncer de mama que, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é o segundo tumor mais comum entre as mulheres.
“É de suma importância elaborar estratégias de mudança e aperfeiçoamento do SUS e também de acesso às mamografias, exame essencial para o diagnóstico do câncer de mama, que apresenta 29,7% de incidência de novos casos e fica atrás apenas do câncer de pele”, disse o parlamentar.
O presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems), Edivaldo farias da Silva Filho, reiterou os avanços no diagnóstico e tratamento do câncer de mama no estado nos últimos anos.
“Ano passado anunciamos os investimentos para a aquisição dos mamógrafos e já temos visto muitos deles, chegando na ponta, nos hospitais. Além disso, a inclusão das cirurgias oncológicas no programa Opera Mais vai melhorar o fluxo para a oncologia em todo o estado”, destacou.
Para o Promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais, Luciano Moreira de Oliveira, é primordial pensar na promoção e prevenção à saúde e na integralidade do cuidado.
“É bastante esperançoso para nós ver essa política pública já rodando, e com novas ações a serem implementadas, já que os dados falam por si só, quando mostram a importância do câncer como uma das principais causas de mortalidade no mundo”, concluiu.
Outras ações
As ações em andamento no estado contemplam a política de ampliação da média complexidade, que prevê repasses de aproximadamente R$100 milhões para execução de diversas linhas, entre elas a carteira de propedêutica de câncer de mama.
Há, também, a programação de recursos de mais de R$50 milhões para execução do Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT) de oncologia.
Minas Gerais conta com 40 serviços de alta complexidade em oncologia, distribuídos pelas macrorregiões do estado, com a possibilidade de oito novas habilitações nas regiões Norte (uma), Oeste (uma), Centro (duas), Jequitinhonha (uma), Nordeste (uma) e Vale do Aço (uma).