CARATINGA — Um homem com histórico de transtornos mentais e passagens policiais provocou uma sequência de confusões e agressões na entrada de um escola localizada na Rua Olegário Maciel, no Centro de Caratinga, nesta quarta (7) e quinta-feira (8). A informação foi confirmada pelo tenente Lessa, da Polícia Militar.
De acordo com o oficial, o suspeito, que faz uso de medicação, abordou um aluno na porta da escola na tarde de quarta-feira, após o horário das aulas, pedindo ajuda. No momento, outras crianças próximas riam de outra situação, mas o homem acreditou estar sendo alvo de zombarias e desferiu um tapa no rosto do aluno.
Um policial militar reformado, que aguardava a saída de seus filhos na escola, presenciou a agressão e interveio, fazendo com que o agressor deixasse o local.
Na manhã desta quinta-feira, o homem retornou e invadiu a escola. Segundo o tenente Lessa, ele foi contido por funcionários e levado para a área externa, mas demonstrava intenção de encontrar e agredir o mesmo aluno. Ao ser retirado, tentou arremessar uma pedra contra a vidraça da entrada e voltou a ameaçar os estudantes e o policial reformado.
“Ele dizia que ‘isso não ia ficar assim’ e usava palavras mais pesadas, ameaçando pegar e agredir o aluno”, relatou o tenente.
Pouco tempo depois, o agressor retornou pela terceira vez, dessa vez partindo para cima do militar veterano, atingindo-o com um soco no rosto. Na sequência, tentou usar uma barra de ferro e uma placa para agredir o policial, mas foi contido novamente. Um professor da escola, mestre em jiu-jitsu, interveio e imobilizou o autor até a chegada da Polícia Militar.
O suspeito foi algemado e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caratinga para avaliação médica. O militar reformado também sofreu lesões e recebeu atendimento.
Ainda segundo o tenente Lessa, o homem já possui passagens policiais por episódios anteriores, incluindo tentativa de agressão a outros estudantes e um caso recente em que esfaqueou uma mulher. Embora tenha diagnóstico de problemas psiquiátricos, o tenente destacou que o agressor mantém plena capacidade de comunicação, entendimento e discernimento, o que exige atenção redobrada das autoridades.
“O que constatamos é que ele não estava em surto. Ele entende o valor das coisas, conversa normalmente e sabe o que está fazendo. Mas tem momentos de agressividade e, nesse caso, achou que o aluno estivesse rindo dele, o que não se confirmou. As câmeras da escola mostram que as crianças estavam distraídas, rindo de outra situação”, detalhou o oficial.
A Polícia Militar orienta que, em casos semelhantes, diretores de escolas e responsáveis acionem imediatamente a polícia, e que pais e responsáveis sejam informados sobre qualquer situação suspeita ou ameaça envolvendo alunos.