Nacional

Incidência de covid-19 grave é até 3 vezes maior entre não vacinados

Estudo é da Fundação Oswaldo Cruz

DA REDAÇÃO – A proteção conferida pelas doses de
reforço das vacinas contra a covid-19 foi capaz de reduzir
ainda mais a incidência das síndromes respiratórias agudas
graves (SRAG) causadas pelo novo coronavírus (SARS-
CoV-2) em todas as faixas etárias, segundo estimativa
divulgada nesta quinta-feira (28), no Rio de Janeiro, pela
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O estudo indica que os casos graves de covid-19 incidiram
até três vezes mais na população não vacinada, se
comparada com a que completou o esquema básico e
ainda recebeu ao menos a primeira dose de reforço.
Os dados fazem parte do Boletim InfoGripe, divulgado
nesta semana, atualizado com dados de 17 a 23 de julho.
Coordenador do estudo, Marcelo Gomes disse que o ponto
central é que fica evidente a importância da vacinação.
"A gente observa uma efetividade, uma diminuição desse
risco de internação em todas as faixas etárias. E quando a
gente olha a dose de reforço, melhora ainda mais a
proteção. Os dados deixam claro o quanto a vacina é
fundamental para se ter uma realidade distinta no
enfrentamento da covid-19", explicou.

E acrescentou: "se alguém ainda tem alguma dúvida, não
precisa ter. A vacina é simplesmente fundamental. A
diferença é gritante entre quem não se vacinou, quem
iniciou o esquema vacinal e quem já está com dose de
reforço".
Faixas etárias
Desde o início da pandemia, a taxa de incidência da
SRAG causada pela covid-19 é muito maior entre os
idosos de idade avançada. Na população com 80 anos ou
mais, houve 208,05 pessoas com casos graves de covid-19
para cada 100 mil habitantes não vacinados. Entre os que
tomaram ao menos uma dose, mas não chegaram ao
reforço, a incidência cai para 124,68 casos por 100 mil
habitantes, e, com a dose de reforço, cai ainda mais, para
111,21/100 mil.
Entre os outros idosos, as quedas são de ordens
semelhantes. O agravamento incidiu sobre os sem vacina
na proporção de 62,88/100 mil, entre os de 70 a 79 anos, e
na de 27,11/100 mil, para os de 60 a 69 anos. Com
esquema completo, esses valores caem para 45,69/100 mil
e 16,44/100 mil, e, com a de reforço, para 31,0/100 mil e
11,04/100 mil.
"A dose de reforço entra para compensar a perda de
memória imunológica que infelizmente a gente tem
observado na população e especialmente nas faixas etárias
mais avançadas", observou.
Na população adulta, a incidência da SRAG causada pela
covid-19 apresenta uma queda ainda maior quando são

comparados os vacinados e os não vacinados, que sofrem
de agravamento com uma frequência três vezes maior.

"Quanto mais jovem, há uma diferença ainda maior. A
população mais nova tem uma resposta ainda melhor. A
diferença fica mais importante, e isso era algo que os
estudos já mostravam, que havia uma diferença entre o
público de idade mais avançada e o mais jovem, em
termos de efetividade, mas todos se beneficiam", detalhou.

Taxa de incidência
Na população de 50 a 59 anos, a taxa de incidência cai de
14,75/100 mil entre os não vacinados para 7,10/100 mil
entre quem se vacinou sem reforço. Para quem tomou ao
menos a primeira dose de reforço nessa faixa etária, o
agravamento incidiu na proporção de 4,76 casos por 100
mil habitantes.
Tomar a vacina também fez a incidência da SRAG ser três
vezes menor entre quem tem 18 a 49 anos. Na faixa etária
de 40 a 49 anos, a incidência entre quem não se vacinou é
de 9,82 casos por 100 mil, o que é reduzido pela vacinação
com reforço para 2,39 por 100 mil. Entre quem tem 30 a
39 anos, a queda é de 6,25/100 mil para 2,02 por 100 mil.
Já nos mais jovens, de 18 a 29 anos, a diminuição é de
4,43/100 mil para 1,53 por 100 mil.
A pesquisa mostrou, também, que os adolescentes foram o
público com a maior redução proporcional dos casos de
SRAG quando a vacina entra em cena. Quem tem 12 a 17

anos e não se vacinou teve uma incidência de 5,54 casos
graves por 100 mil habitantes, enquanto quem tomou a
primeira dose de reforço sofreu de SRAG numa proporção
de 0,51 caso por 100 mil.
Mesmo com conclusões tão positivas a favor da
vacinação, Marcelo Gomes ponderou que o efeito dos
imunizantes ainda pode estar subestimado por limitações
nos bancos de dados que serviram de base para o estudo.
"É um resultado que tem uma série de limitações pela
natureza desses dados. É uma estimativa que tende a
subestimar o impacto da vacina. O efeito real é ainda
maior do que esse que a gente está reportando, e ainda
assim a gente já observa o impacto", detalhou.
Ag.Brasil

Diário de Manhuaçu

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