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Lajinha se despede de padre Agostinho

Religioso morreu no último sábado (16), aos 89 anos de idade

LAJINHA – Com grande pesar o padre Wagner Augusto Soares, pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Nazareth, de Lajinha, noticiou no final da tarde do último sábado (16), o falecimento do pároco emérito daquela paróquia, padre Augusto Marques de Moraes Neto, o padre Agostinho.
De acordo com padre Wagner, o falecimento aconteceu por volta das 16 horas. O velório aconteceu na Matriz de Nossa Senhora de Nazareth, no domingo (17). No local foram realizadas as missas de corpo presente às 10h30, 14h, 17h, 19h30 e 22h. A missa das 17h foi presidida pelo bispo diocesano de Caratinga, dom Emanuel Messias de Oliveira. O sepultamento aconteceu no cemitério de Lajinha, na manhã de ontem após a última celebração eucarística.
Padre Agostinho completou 50 anos de ordenação presbiteral no mês de junho deste ano. Em agosto, completou 89 anos de vida. Desde abril de 1971 estava em Lajinha, de onde se tornou pároco emérito em 2005.
Em seu portal, a Diocese de Caratinga escreveu que está solidária ao povo de Lajinha e aos familiares e que “louva a Deus pela vida e pela vocação de padre Agostinho, que dedicou mais da metade de sua existência à evangelização e edificação do Reino de Deus nesta diocese”.
TRAJETÓRIA
Padre Agostinho nasceu em 8 de agosto de 1930, em Rio Preto, MG. É um dos 12 filhos do senhor Alcides Marques de Moraes e da senhora Cenira Pinto Marques. Na juventude, trabalhou no Banco Nacional, em Juiz de Fora, por muitos anos. Sentindo o chamado de Deus, deixou tudo e foi acolhido para a vida monástica no Mosteiro de Itaporanga – SP.
Em 2 de julho de 1969 foi ordenado presbítero pela imposição das mãos de dom José Eugênio Corrêa, na época bispo diocesano de Caratinga. A amizade entre dom Corrêa e padre Agostinho era antiga. Conforme contou padre Wagner, na infância, o garoto Agostinho já teria servido ao altar como coroinha do, à época, padre Corrêa, em Rio Preto.
No início de 1971, padre Agostinho pede ao amigo dom Corrêa que lhe permita fazer uma experiência pastoral na diocese de Caratinga, sendo acolhido na Paróquia de São Sebastião, em Tarumirim. Em 11 de abril daquele mesmo ano, dom Corrêa o transferiu para a Paróquia de Nossa Senhora de Nazareth, em Lajinha, de onde se tornou pároco emérito em 2005, mas ainda reside.
O atual pároco de Lajinha relata que padre Agostinho atendeu, na época, em torno de cinco comunidades da paróquia de Lajinha, dando assistência pastoral à paróquia de Chalé e também à Comunidade de Dores do José Pedro (atualmente pertencente à paróquia de Durandé).
“A cidade de Lajinha tinha naquela época cerca de cinco mil habitantes. Era uma realidade de extrema pobreza, em todos os sentidos. A pobreza material devido ao corte da plantação de café na época e a pobreza espiritual, pelo pouco atendimento e ausência de padres por um tempo. Portanto, o maior desafio citado pelo Padre Agostinho foi recuperar a confiança do povo diante da Igreja e da presença do novo pároco que chegava para assumir a comunidade paroquial”, relatou padre Wagner.
Padre Wagner avalia que, em Lajinha, padre Agostinho realizou um trabalho apostólico frutuoso, criando comunidades, catequizando, evangelizando e oferecendo toda uma renovação na vida paroquial, diante das propostas da diocese à luz da implantação dos objetivos e propostas do Concilio Vaticano II.
Seu legado está eternizado em obras que idealizou e executou, entre elas a ampliação da Igreja Matriz, a construção da Casa de Cursos Nossa Senhora das Graças, o Santuário Nossa Senhora Aparecida, no alto da pedra da Baleia (hoje centro de peregrinação mariana na região), além de zelo e dedicação com a formação de comunidades e construção de capelas, deixando no final do seu paroquiato 42 comunidades, sendo cinco urbanas e 37 rurais.
Padre Wagner destaca ainda que a missão de padre Agostinho em Lajinha foi além das obras físicas, realizando um especial trabalho evangelizador com jovens, adolescentes, catequese de crianças e proximidade com as famílias através dos Movimentos de TLC, TLCA, PLC masculino e PLC feminino.

Com informações da Diocese de Caratinga

Diário de Manhuaçu

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