Cidade

Macrorregião Leste do Sul regride para a onda vermelha do Minas Consciente

A micro de Manhuaçu está há 14 dias na vermelha e comércio não será fechado

DA REDAÇÃO – A macrorregião de saúde Leste do Sul, composta pelas microrregiões de Manhuaçu, Ponte Nova e Viçosa, regrediu para a onda vermelha do Minas Consciente, o programa de retomada segura das atividades econômicas de Minas Gerais. A decisão foi tomada em reunião do Comitê Extraordinário da Covid-19 do estado na tarde de quarta-feira (2). A microrregião de saúde de Manhuaçu, composta por 23 municípios continua onda vermelha, completando 14 dias. As orientações passam a valer a partir deste sábado (5).

O município de Manhuaçu segue a orientação para a macrorregião sanitária Leste do Sul desde a implantação do plano. A macro chegou a ficar mais de três meses na onda amarela do plano, chegou a avançar para a onda verde dia 11 de novembro, mas após ficar apenas sete dias na onda verde, a macro regrediu para a onda amarela no dia 18 de novembro.

O plano reforça que é responsabilidade de cada município a decisão entre acompanhar a onda da macrorregião de saúde ou do agrupamento de microrregiões. Ainda segundo o relatório do Comitê, em alguns agrupamentos de microrregiões, o resultado indica situação crítica, mesmo para macrorregiões em situação de alerta ou esperada, e por isso, recomenda-se maior cautela aos municípios.

Comércio

O Comitê de Enfrentamento a Covid-19 de Manhuaçu se reuniu na tarde desta quinta-feira (3) para discutir se seguiria as orientações do Minas Consciente. Segundo informações da Secretaria de Saúde, durante a reunião online, o Comitê analisou de forma bastante técnica, sobre a situação atual e procedimentos. De acordo com o Secretário Municipal de Fazenda, Claudinei Domingues Lopes, o Comitê decidiu que tudo permanecerá como está. “Decidimos não tomar medidas para fechamento do comércio local. Na próxima segunda-feira, dia 7, haverá uma nova reunião para avaliação quanto aos casos em Manhuaçu”.

A decisão contraria as orientações do Minas Consciente, que prevê apenas o funcionamento de serviços essenciais, como supermercados, farmácias e bancos, enquanto durar a classificação da onda vermelha.

No dia 23 de novembro, representantes do Ministério Público Estadual, Hospital César Leite, Superintendência Regional de Saúde, Polícia Militar e Prefeitura Municipal de Manhuaçu se reuniram para discutir sobre a situação da doença em Manhuaçu. Na reunião também ficou decidido que o comércio não iria fechar, mas que haveria um aumento e um rigor nas fiscalizações quanto ao uso de máscaras e higienização.

 

Aumento de leitos

No dia 20 de novembro, o diretor técnico do Hospital César Leite, o médico Luiz Claúdio Mendes Vale, falou em um vídeo sobre a situação dos atendimentos a pacientes com Covid-19 no hospital e alertou sobre o aumento de casos de internação.

Na ocasião o médico havia relatado que a taxa de transmissão da doença estava alta, resultando em muitas internações, deixando o hospital sem vagas de enfermaria e UTI. “Estamos negando vagas sistematicamente todos os dias. Já chegamos a negar oito, dez vagas diárias. Não temos perspectivas, pois os nossos pacientes estão cada vez mais graves”, relatou o médico no vídeo publicado.

O diretor também havia pedido a colaboração da população para que se evitasse saídas desnecessárias e a aglomeração de pessoas, bem como usasse os métodos de prevenção, que é uso de máscara e álcool gel 70%.

 

Com aumento dos casos nesta semana, o Hospital César Leite (HCL) comunicou à Superintendência Regional de Saúde e à Prefeitura de Manhuaçu que irá reativar dez leitos da UTI exclusivos para Covid-19.

 

O documento assinado pelo tesoureiro do HCL, Milton Martins, e pelo diretor assistencial Chardson Roberto, foi encaminhado na manhã desta quinta-feira (3), ao diretor da SRS Manhuaçu, Juliano Estanislau, e à prefeita de Manhuaçu, Cici Magalhães.

“Com o aumento significativo de casos de Covid-19 na região e, por consequência, internações, o Hospital César Leite está reativando os leitos a partir da próxima segunda-feira, às 7 horas da manhã. O prazo é necessário para adequações para recebimento de pacientes”, afirma o comunicado publicado pelo Hospital.

Ainda segundo o comunicado, “desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março, nunca deixou de atuar no combate à Covid-19 e decidiu adotar a medida de reativação para auxiliar nos atendimentos, nesse momento em que a região foi classificada como Onda Vermelha do Programa Minas Consciente”.

O comunicado também afirma que, “os leitos tinham sido desativados em razão da diminuição, à época, dos infectados e utilização e também para permitir que o HCL retomasse os atendimentos de outras doenças”.

Manhuaçu

Até esta quinta-feira (3) o município de Manhuaçu tinha um total de 2.295 casos confirmados da doença, sendo 19 em acompanhamento e 2.225 já curados. As mortes causadas pela Covid-19 somam 51.

No boletim do Hospital César Leite desta quinta-feira (3), que atende toda a microrregião, informava que 1.020 pacientes já tinham siso atendidos, sendo 656 casos confirmados da doença e 159 mortes, dez a mais em relação a quinta-feira passada. Na UTI havia 19 pacientes, 95% de sua capacidade, já na enfermaria haviam 21, sendo 81% da capacidade.

 

Minas Gerais

Como alerta para prevenção à covid-19 em Minas Gerais, metade das 14 macrorregiões de Saúde do estado tem mais restrições de atividades desde esta quinta-feira (3). De acordo com as novas resoluções do Comitê Extraordinário Covid-19, deliberadas em reunião na quarta-feira (2), sete macrorregiões estão na onda amarela, quatro na onda vermelha e três na onda verde.
Um dos principais motivos para a cautela neste momento é a identificação de uma alta de 27% no índice de contaminação da covid-19 na última semana. Por causa desse quadro, as macrorregiões CentroCentro-SulNorte e Oeste saíram da onda verde e retornaram para a onda amarela. Além delas, as macrorregiões SudesteSul e Vale do Aço permaneceram na onda amarela, estágio no qual são permitidos serviços como academias, salões de beleza, clubes, além do consumo em bares e restaurantes.

Apenas as macrorregiões NoroesteTriângulo do Norte e Triângulo do Sul permaneceram na onda verde, fase em que são permitidos serviços com maior nível de contágio, como cinemas e discotecas. Na onda vermelha, a mais rígida do Minas Consciente, com autorização apenas para o funcionamento de serviços essenciais – como farmácias, padarias e supermercados – foram incluídas as macrorregiões JequitinhonhaLeste do Sul e Nordeste, além da manutenção da macrorregião Leste.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, a regressão de metade das macrorregiões em Minas Gerais foi impulsionada pelo aumento de casos na última semana, reflexo principalmente das movimentações do período eleitoral.

“Tivemos um aumento da incidência em todas as regiões, não tivemos aumento proporcional de óbitos, mas estamos vendo o aumento por demanda de internações. Ainda há bastante leitos de terapia intensiva no estado como um todo. Mas é importante reforçar a necessidade de cuidado, de distanciamento e atenção da população durante todo o mês de dezembro”, alertou o secretário.

Recomendações
Devido ao estado de alerta em Minas, a recomendação é para que as pessoas mantenham as medidas de distanciamento e isolamento social, além do uso constante de máscara e álcool em gel.

“De forma geral, oriento efetivamente que a sociedade preste atenção no distanciamento, evite sair de casa de forma desnecessária, evite aglomeração nas ruas e principalmente que evite festas e bares nesses próximos dias porque pode trazer risco para todos”, disse Carlos Eduardo Amaral.

Na reunião do Comitê de Enfretamento a Covid-19 de Manhuaçu ficou decidido que o comércio não será fechado neste momento

Diário de Manhuaçu

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