Ministério vai financiar mais R$ 624 milhões por ano
DA REDAÇÃO – O Ministério da Saúde anunciou nessa
quarta-feira (23) o lançamento do Plano de Enfrentamento
das Mortalidades Materno e Infantil, com o objetivo de,
por meio da reestruturação da Rede de Atenção Materna e
Infantil (Rami), ampliar o atendimento no Sistema Único
de Saúde (SUS) para este público.
De acordo com a pasta, a reestruturação da rede “garantirá
o atendimento, a assistência para o planejamento familiar
e o nascimento seguro para a criança”. Para tanto, o
financiamento anual previsto para a saúde da mulher e da
criança será reforçado em R$ 624 milhões, ficando então
totalizado em R$ 1,5 bilhão.
“Precisamos aportar recursos em quantidade suficiente,
mas para este fim os recursos nunca são suficientes,
porque é para cuidar de nosso futuro”, disse o ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, durante a cerimônia de
lançamento do plano.
Ele, no entanto, alertou que não basta disponibilizar
recursos para esse fim. “Precisamos monitorar o que está
sendo feito com essa política pública. Um conjunto de
indicadores foi elaborado para estarmos juntos, sobretudo,
com os municípios, para monitorar resultados e fazer
ajustes na política pública. Isso não é gasto. É
investimento no futuro, nas nossas mães e crianças”,
acrescentou.
Segundo nota do ministério, o aprimoramento da
assistência também contará com o fortalecimento das
maternidades e a criação dos ambulatórios de assistência a
gestantes com alto risco para complicações.
“Os preceitos fundamentais da ampliação são fomentar a
integralidade, a qualidade e a segurança do cuidado,
fortalecendo estruturas já existentes e a criação de novos
componentes fundamentais. A partir de agora, por
exemplo, a rede vai incorporar incentivo para as
Maternidades de Baixo Risco (MABs) que realizam acima
de 500 partos por ano e inclusão do Ambulatório de
Gestação de Alto Risco (AGAR)”, detalha a nota.
Também está prevista a possibilidade de incorporar a Casa
da Gestante Bebê e Puérpera (CGBP) em MABs porte II e
III. “Com relação ao Centro de Parto Normal (CPN), conta
com a inclusão do médico obstetra à equipe, garantindo
uma assistência multiprofissional, segura e de qualidade”,
acrescentou.
Ag.Brasil