Sobe e desce
Foi intenso o “sobe e desce” nas cotações do café em Nova Iorque e Londres nesta semana e o resultado foi negativo. “Como temos afirmado diariamente, em nossa opinião, os fundamentos permanecem os mesmos. As preocupações com a oferta global de café são crescentes e inquietam o mercado. Ninguém mais dúvida da quebra na produção brasileira de café 2024/2025. O mês de julho ainda não terminou, e com o tempo seco, sem chuvas, a colheita brasileira avança com rapidez. Já devemos ter colhido perto de 80 % da produção deste ano. As informações que chegam de todas as regiões produtoras de arábica e de conilon, confirmam a quebra ante os números anteriormente estimados. A produção foi menor, como já ficou claro na colheita dos frutos. Depois, no benefício dos frutos colhidos e secos, aparece uma segunda quebra, com o volume severamente baixo de grãos peneiras 17 e acima. O volume de CDs – cereja descascados, também é menor nesta safra”, avaliou o Escritório Carvalhaes, sediado em Santos/SP.
Colheita
Aproveitando o bom andamento dos trabalhos de colheita da nova safra 2024 no Brasil, que avançam com boa velocidade devido ao tempo favorável e ao menor volume produzido, interesses de curto prazo, de fundos e especuladores, derrubaram as cotações dos contratos de café nesta semana.
ICE
Os de arábica, na ICE Futures US, em Nova Iorque, abriram sexta-feira (26) o dia em queda e trabalharam assim até o fechamento do pregão. Os contratos para setembro, oscilaram 320 pontos entre a máxima e a mínima, batendo na máxima do dia em US$ 2,3300 por libra peso. Fecharam valendo US$ 2,3025, em queda de 445 pontos. Na ICE Europe, em Londres, os contratos de robusta para setembro fecharam sexta-feira (26) valendo US$ 4.395,00 por tonelada, em queda de 93 dólares.
Estoques
Os estoques de cafés certificados na ICE Futures US permaneceram estáveis na última sexta-feira (26). Fecharam o dia em 814.801 sacas. Há um ano eram de 532.248 sacas. Subiram neste período 282.553 sacas. Nesta semana esses estoques caíram 3.429 sacas. Na semana anterior subiram 12.864 sacas. No mês de junho subiram 22.623 sacas e no mês de maio 125.013 sacas.
Dólar e o mercado
O dólar fechou sexta-feira (26) a R$ 5,6580 em alta de 0,18 %. Recuou 0,96% frente ao real nesta semana. Fechou a sexta-feira anterior (19) a R$ 5,6040. Em reais por saca, os contratos para setembro próximo, em Nova Iorque, fecharam o pregão na sexta valendo R$ 1.723,28. Fecharam a sexta-feira (19) a R$ 1.765,77.
Mercado
No mercado físico brasileiro, os compradores diminuíram o valor de suas ofertas ao longo da semana e boa parte dos vendedores permaneceu fora do mercado. Frente às necessidades do mercado, foi pequeno o volume de negócios fechados. Há muita procura por lotes de CDs finos e graúdos, com boa porcentagem de peneiras 17 e 18, mercadoria rara nesta nova safra.
Embarques
Até dia 26 os embarques de julho estavam em 1.821.886 sacas de café arábica, 679.107 sacas de café conilon, mais 252.355 sacas de café solúvel, totalizando 2.753.348 sacas embarcadas, contra 2.881.225 sacas no mesmo dia de junho. Até o mesmo dia 26 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em julho totalizavam 3.237.764 sacas, contra 3.289.159 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 19, sexta-feira, até o fechamento do dia 26, caiu nos contratos para entrega em setembro próximo 795 pontos ou US$ 10,51 (R$ 59,50) por saca. Em reais, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE, fecharam no dia 19 a R$ 1765,77 por saca, e dia 26, a R$ 1723,28. Ainda última sexta, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 445 pontos.