Nova safra
A colheita da nova safra brasileira de café 2024/2025 avança rapidamente e se aproxima do final. As informações que chegam de todas as regiões produtoras de arábica e de conilon, continuam preocupantes. Confirmam a quebra ante os números anteriormente estimados. A produção foi menor, como já está claro na colheita dos frutos. No benefício, aparece uma segunda quebra, com volume severamente baixo de grãos peneiras 17 e acima. O volume de CDs – cereja descascados, é bem menor nesta safra.
La Niña
Os problemas climáticos continuam, tanto no Brasil como nos demais países produtores, e com o La Niña entrando neste segundo semestre, aumenta, dia após dia, a preocupação com o tamanho da próxima safra global de café 2025/2026. Não há nenhuma previsão de normalização climática neste ano e no próximo.
Café solúvel
O Brasil exportou 1,91 milhão de sacas de 60 kg de café solúvel no primeiro semestre de 2024, alta de 3,3% na comparação com mesmo período de 2023, segundo o relatório semestral da ABICS – Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel, divulgado na última quarta-feira (31/7). Chama a atenção, que entre os principais importadores, estão países concorrentes na produção de café e industrialização de solúvel, como a Indonésia, e o México, segundo maior produtor mundial de solúvel, com acréscimo de 227%. Também se destacou o Vietnã, maior produtor mundial de robusta, que teve um acréscimo de 367,5% nas importações de solúvel. Esses números são mais uma evidência da falta de estoques de café em todo o mundo.
ICE
Com o dólar recuando sexta-feira (2) frente ao real, os contratos de arábica na ICE Futures US, trabalharam com boas altas. Os para setembro, oscilaram 530 pontos entre a máxima e a mínima, batendo na máxima do dia em US$ 2,3175 por libra peso. Fecharam valendo US$ 2,3050 por libra peso, em alta de 325 pontos. Na ICE Europe, em Londres, os contratos de robusta para setembro fecharam valendo US$ 4.227,00 por tonelada, em alta de 2 dólares.
Estoques
Na última sexta-feira (2), os estoques de cafés certificados na ICE Futures US subiram 7.275 sacas. Fecharam o dia em 830.094 sacas. Há um ano eram de 528.002 sacas. Subiram neste período 302.092 sacas. Na última semana esses estoques subiram 15.293 sacas. Na semana anterior caíram 3.429 sacas. No mês de julho subiram 7.530 sacas e no mês de junho 22.623 sacas.
Dólar e o mercado
O dólar fechou sexta-feira (2) a R$ 5,7090 em queda de 0,45 %. Quinta-feira (1) subiu 1,41 % e anteontem 0,68 %. Fechou a sexta-feira anterior (26/7) a R$ 5,6580. Em reais por saca, os contratos para setembro próximo em Nova Iorque, fecharam o pregão sexta-feira (2) valendo R$ 1.740,70. Fecharam a sexta-feira anterior (26/7) a R$ 1.723,28.
Mercado físico brasileiro
No mercado físico brasileiro, os compradores melhoraram sexta-feira (2) o valor de suas ofertas em relação a quinta-feira (1) e quarta-feira (31/7). Grande parte dos produtores permaneceu fora do mercado nesta semana. Foi pequeno o volume de negócios fechados.
Embarques
Até dia 2 os embarques de julho estavam em 2.401.543 sacas de café arábica, 864.966 sacas de café conilon, mais 340.819 sacas de café solúvel, totalizando 3.607.328 sacas embarcadas, contra 3.555.659 sacas no mesmo dia de junho. Até o mesmo dia 2 os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em julho totalizavam 4.058.959 sacas, contra 3.524.464 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 26/7, sexta-feira, até o fechamento do dia 2, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo 25 pontos ou US$ 0,33 (R$ 1,89) por saca. Em reais, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE, fecharam no dia 26/7 a R$ 1723,28 por saca, e sexta-feira, dia 2, a R$ 1.740,70. Ainda na sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou em alta de 325 pontos.