Artigo

OS NOVOS ADVOGADOS

Ildecir A.Lessa

Advogado

                                     Já se escreveu que a advocacia por vezes se comporta como se estivesse esperando por um cavaleiro de armadura brilhante para resgatá-la dos males da publicidade profissional, das forças de mercado e de outras aflições que se identificam como fontes de vários problemas enfrentados. Por isso que na prática do Direito, não é como um conto de fadas e não existe nenhum cavaleiro de armadura brilhante para salvar a profissão do advogado no exercício de sua profissão.

Vem as orientações dos manuais para a vida do advogado, como: “O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da advocacia”, eis o que dispõe o artigo 31, caput, do nosso Estatuto da Advocacia e da OAB. Na mesma linha da normatização da conduta dos advogados, o artigo 5º do Código de Ética determina que “o exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização”, tendo ainda, nosso código deontológico disciplinado a forma e o conteúdo das publicidades permitidas para a advocacia.

Na atualidade, com centenas de novos cursos de Direito, as dificuldades aumentam e o efetivo poder regulatório da OAB já pode ser medido pela quantidade de processos disciplinares sobre tais matérias. Os tempos mudaram e os efeitos do uso da Internet atingem a advocacia mais do que em qualquer outra profissão liberal.
É de suma importância, dentro de todo esse contexto, está sempre buscando uma alternativa válida , de modo a  recepcionar os recém-ingressos na militância jurídica: municiá-los de conteúdo prático profissional a complementar os conceitos recebidos nas faculdades, ensinando-os a criar ambiência no seio da classe, convivendo com seus novos colegas e interagindo de modo a se inserir no mercado de trabalho de forma ética e regular.

Deve apontar o aprendizado do que se classifica como os chamados networkings. E o termo, embora alienígena, bem representa o novo momento da advocacia.
Os milhares de jovens não podem fazer publicidades, têm de trabalhar merecedores de respeito e ainda dignificar a advocacia. Isso é um exercício constante de aprendizado, com a participação em cursos, treinamentos, palestras, seminários, congressos e afins, buscando sempre a cultura da integração da classe, sempre permitindo que os recém-chegados convivam com os mais experientes e interajam entre si, utilizando inclusive a Internet, de modo a criar uma nova advocacia, onde, uma enorme rede de contatos lastreada no debate da doutrina, trará a possibilidade de boas e inúmeras novas colocações profissionais. Esse é o marco que deve nortear os novos advogados questão iniciando nessa nobre, porém espinhosa profissão.

 

Diário de Manhuaçu

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