Equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da 6ª DRPC cumpriu Mandados de Prisão
Temporária de Trinta Dias e de Busca e Apreensão na creche e na residência de acusado de estupro de criança de
quatro anos, na manhã desta quarta-feira, 20/07, em Manhuaçu.
O fato causou perplexidade à população, com grande movimentação nas redes sociais. O acusado é proprietário
de creche no centro da cidade, e, durante o dia, pais de crianças estiveram na delegacia para obter mais informações
sobre o ocorrido.
De acordo com o Delegado Regional, Dr. Felipe de Ornelas Caldas, a Polícia Civil tem investigado este fato,
desde junho passado, a partir de denúncia feita por uma mãe. ‘Estão à frente do caso a Delegada de Mulheres, Dra.
Adline Ribeiro, e a Escrivã Ana Rosa Campos, e equipe de investigadores. Havia a denúncia de estupro de
vulnerável. Então, passou-se a investigar. Após a obtenção de elementos robustos de materialidade e autoria, a
Delegada representou por Mandado de Busca e Apreensão e Mandado de Prisão Temporária. A Justiça concedeu
estes Mandados, após análise também do Ministério Público, quando se entendeu que havia indícios, sendo
decretada a Prisão Temporária do Investigado, além da Busca e Apreensão, tanto do local de trabalho, a creche,
quanto em sua residência. O Processo corre em sigilo judicial’, mencionou.
Maio Amarelo encorajou mãe da vítima
A Escrivã Ana Rosa Campos mencionou que estas investigações iniciaram-se com o relato de uma mãe, em uma
creche, durante as ações da Campanha Maio Amarelo, de conscientização e combate à exploração sexual de crianças
e adolescentes.
'Em Maio, nós da Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher realizamos um ciclo de palestras em
escolas municipais e particulares. Em um destes encontros, uma mãe presente, se sentiu encorajada a nos procurar e
disse: <_Minha filha já sofreu abuso>. Isto foi o estopim para começarmos a investigação, que se iniciou em junho,
culminando, neste momento, com a decretação da Prisão Temporária e Mandados de Busca e Apreensão', relatou
Ana Rosa.
Em relação às postagens em redes sociais, a Polícia Civil alerta que é preciso ter cuidado. 'Até que o caso seja
julgado, o acusado tem direito à ampla defesa. Ele é suspeito, pois, está em fase de investigação. Ele não foi
condenado. É preciso tomar cuidado com postagens em redes sociais, pois elas podem ser criminosas, inventadas,
caluniosas, enfim, deve-se esperar sempre as informações dadas pelos órgãos oficiais, que precisam ser ouvidos, e
aceitos pela população, com uma resposta definitiva do caso', pontuou a PC.
As investigações prosseguirão e a Polícia Civil se coloca à disposição para ouvir a comunidade sobre eventuais
novas denúncias, relacionadas ao caso.
'A mãe que tenha conhecimento, algo como:<_Meu filho (a) reclamou ou tem algo a relatar sobre um ato que
ocorreu nesta creche>, deve procurar a Polícia Civil. Estamos aqui para acolhê-las e ouvi-las, para buscar a verdade
dos fatos. A propósito, hoje, a Delegada Dra. Adline está ouvindo outras pessoas, e, novas diligências estão sendo
realizadas neste momento. Ouviremos ainda muita gente, para chegarmos ao que, de fato, estava acontecendo
dentro da creche. Quem souber de algo, a mãe que tiver algo a relatar, o filho reclamou, ou sabe dizer que outra
criança foi vítima, que nos procure, para que possamos dar a devida atenção e formalizar isto nas investigações. É o
principal apelo que fazemos a toda a sociedade', comentou Ana Rosa.
Nas fotos, os Delegados Dr. Felipe de Ornelas e Dra. Adline Ribeiro, e a Escrivã Ana Rosa Campos.