MANHUAÇU – A Polícia Civil do estado de Minas Gerais, através da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, efetuou a prisão na cidade de Nova Iguaçu (RJ), de um investigado pela prática do crime de estupro de vulnerável, perpetrado em desfavor de suas duas enteadas, residentes na comarca de Manhuaçu.
Na tarde desta quinta-feira (20), foi concedida uma entrevista coletiva para falar sobre este caso. A titular da Delegacia de Mulheres, Adline Ribeiro, disse que estes fatos chegaram através do atendimento virtual (Frida). “A vítima entrou em contato pedindo orientação sobre como proceder, uma vez que ela estava sendo vítima de abuso por parte do padrasto. Ela já havia efetuado o registro da ocorrência junto a Polícia Militar, então foi instaurado o inquérito policial. Na verdade, a equipe da Delegacia da Mulher teve uma preocupação com a segurança e a integridade física das vítimas, já que uma delas estava convivendo no mesmo imóvel junto com o abusador. Então nós primamos por essa segurança mantendo contatos diários com ela, até que o autor saísse do imóvel”.
A delegada explicou que na época, uma das crianças foi abusada dos 13 aos 16 anos e a outra vítima foi abusada dos 10 aos 13. “O último abuso aconteceu no mês de março deste ano”, especificou a delegada.
O investigador Hernesto detalhou que a partir do momento que o serviço estava em andamento e descobriu-se que o indivíduo estava no Rio de Janeiro, na cidade de Nova Iguaçu, “foi feito um levantamento para tentar identificar a periculosidade do local e até mesmo pra equipe conseguir adentrar na cidade e cumprir o mandado. Foi feito o contato com a delegacia de lá e conseguimos o apoio dos policiais locais, sendo montada toda uma logística para que os policiais fossem e efetuassem a prisão”.
Segundo o investigador Reinaldo, assim que a equipe da PC confirmou a localização exata da residência de onde estava escondido o investigado, “o inspetor Hernesto me designou, juntamente com outro investigador, para compor a equipe de investigadores da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher para que nós fossemos até o Rio de Janeiro e efetivássemos a prisão do investigado”.
Reinaldo conta que com o apoio de um policial conhecido na região, foi feito o levantamento do local e confirmado que se tratava de uma área altamente perigosa devido suas características. “Se trata da comunidade Miguel Couto, que parte dela é tomada pelo tráfico de drogas e a outra parte por milícias. O local onde o investigado se encontrava escondido é justamente na linha que divide essas duas facções, era uma zona quente, altamente perigosa, mas nós com a equipe qualificada, preparada pra esse tipo de operação, fizemos todos os levantamentos com toda a segurança necessária. Durante a noite fizemos o levantamento do local, vimos que o primo que estava dando abrigo para o investigado realmente morava lá, que inclusive se encontrava no local, que o carro estava lá, porém nós precisávamos confirmar se o investigado se encontrava dentro da residência, motivo pelo qual nós optamos por não efetuar a abordagem durante a noite, ficamos de campana durante toda a madrugada e por volta das 6 horas da manhã o primo do investigado saiu para trabalhar onde nós fizemos a abordagem do mesmo. De início o primo tentou nos ludibriar dizendo que ele estaria em outro local, mas por fim acabou assumindo que o procurado estava dentro de sua residência”, finalizou o investigador Reinaldo.