QUEM SE ENGRANDECE, SERÁ HUMILHADO

Na parábola de hoje, contada por Jesus (Lucas 18.9-14), ele continua apontando para a importância da oração, mas destaca um detalhe muito importante: a ATITUDE certa quando chegamos diante do Deus Todo-Poderoso.
Pois, como vivemos num mundo onde nos comparamos uns com os outros, e daí, a competição, achamos que é vantagem “esbanjar” religiosidade num ato assim de intimidade com o Criador.
Na nova tradução (Linguagem de Hoje), podemos ler:
v. 10: Dois homens foram ao Templo para orar. Um era fariseu, e o outro, cobrador de impostos.
Em outras palavras, o primeiro pertencia ao ‘clube’ dos religiosos, o outro, um homem comum, até malvisto por causa de seu trabalho: cobrava impostos de seus conterrâneos, o qual ia direto para as mãos dos romanos – que tinham ‘conquistado’ Israel e mandavam e desmandavam.
v. 11-13: O fariseu ficou de pé e orou sozinho, assim: “Ó Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral como as outras pessoas. Agradeço-te também porque não sou como este cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e te dou a décima parte de tudo o que eu ganho”.
Mas o cobrador de impostos ficou de longe e nem ousava levantar o rosto para o céu. Batia no peito e dizia: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pois sou um homem pecador!”
Que dupla, e que comparação difícil! Um homem “perfeito” segundo o aspecto exterior, e o outro, uma pessoa normal, talvez bom marido e bom pai, mas desprezado e condenado por causa do seu trabalho.
Porém – a diferença maior é algo bem diferente: é como cada um deles está olhando para si mesmo!
E temos de lembrar – eles estão se mostrando para o Senhor absoluto, o único Deus!
Um declara que não tem defeito ou problema moral qualquer – o outro, muito mais sincero, sabe que – nem tanto pelo seu tipo de trabalho, mas algo mais profundo: os pensamentos, os desejos – querer tapar a boca do invejoso, o ódio por ser rejeitado, e muitas outras coisas mais que podemos esconder dentro de nós, e, assim mesmo, nos apresentar com aquele rostinho de falsidade.
Ah, Jesus não deixava passar a oportunidade de apontar essas coisas que nos fazem tanto mal – à própria pessoa, que se engana por não se aceitar como é, e aos outros ao redor, que tentam mostrar “respeito” mas fogem assim que podem, porque ele não é confiável.
O que Jesus concluiu?
v. 14a: Eu afirmo a vocês que foi este último homem, e não o primeiro, que voltou para casa EM PAZ COM DEUS.
Dica importante: a nossa oração deve nos levar a ter, desfrutar PAZ, paz profunda, paz com Deus!
A lição que o Senhor nos quer ensinar é:
v. 14b: Porque quem se engrandece será humilhado, e quem se humilha será engrandecido.
Você quer ser aceito, reconhecido, valorizado?
Simples: tenha um relacionamento real, honesto com seu Deus, que tudo vê e tudo sabe.
E não busque impressionar as pessoas ao seu redor.
Seja você mesmo – simplesmente, você!
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – UniDoctum; E-mail: rudi@doctum.edu.br