A macro Leste do Sul também regrediu, passou da onda verde para a amarela
DA REDAÇÃO – A microrregião de saúde de Manhuaçu, composta por 23 municípios regredi para a onda vermelha do Minas Consciente, o programa de retomada segura das atividades econômicas de Minas Gerais. As orientações passam a valer a partir deste sábado (21).
A microrregião esteve na onda amarela na semana entre 10 e 17 de outubro, quando no dia 17 de outubro regrediu para onda vermelha, permanecendo até o dia 23. No dia 24 de outubro, a microrregião avançou novamente para onda amarela do plano, permanecendo duas semanas. Na avaliação feita pelo Comitê Extraordinário da Covid-19 do estado, no dia 4 de novembro, a micro havia retrocedido para a onda vermelha, devido ao aumento de internações na UTI Covid-19 do Hospital César Leite, permanecendo sete dias. Na avaliação feita no último dia 11, o Comitê orientou para que a micro avançasse para onda amarela. Diante do aumento no número de casos e de internações na unidade Covid-19 do Hospital César Leite, a microrregião retrocede para a onda vermelha do plano.
A microrregião deveria permanecer 28 dias na onda amarela para avançar para a onda verde do plano, onde já é permitido o retorno das aulas presenciais, música ao vivo nos bares, abertura de cinema e eventos. O município de Manhuaçu segue a orientação para a macrorregião sanitária Leste do Sul, que havia ficado mais de três meses na onda amarela do plano, mas nesta última avaliação feita pelo comitê, também retrocedeu e voltou para a onda amarela.
O plano reforça que é responsabilidade de cada município a decisão entre acompanhar a onda da macrorregião de saúde ou do agrupamento de microrregiões. Ainda segundo o relatório do Comitê, em alguns agrupamentos de microrregiões, o resultado indica situação crítica, mesmo para macrorregiões em situação de alerta ou esperada, e por isso, recomenda-se maior cautela aos municípios.
Manhuaçu
Até esta quinta-feira (19) o município de Manhuaçu tinha um total de 2.092 casos confirmados da doença, sendo 29 em acompanhamento e 2.017 já curados. As mortes causadas pela Covid-19 subiu para 46, com o falecimento de mais uma pessoa no último final de semana.
Os atendimentos no Hospital César Leite, que atende toda a microrregião, somavam 609 casos confirmados da doença e 144 mortes. Nesta quinta-feira (19), a UTI estava com 95% de sua capacidade, com 19 pacientes, na enfermaria haviam 24, sendo 92% da capacidade.
A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Manhuaçu está em estado de alerta. Nesta quinta-feira (19) a SRS divulgou boletim onde tanto o Hospital Evangélico de Carangola, quanto o Hospital César Leite em Manhuaçu, estão com a UTI Covid-19 funcionando com 100% da capacidade. Em Carangola existem 12 leitos disponíveis e em Manhuaçu 20.
Já em relação aos leitos clínicos, ou seja os de enfermaria, em Carangola existem 44, sendo que 12 estão ocupados. Em Manhuaçu existem 26, sendo 24 ocupados e 40 de apoio no Hospital Padre Júlio Maria, em Manhumirim, sendo cinco ocupados.
Minas Gerais
Quatro macrorregiões de Saúde mineiras vão regredir para fases mais restritivas do Minas Consciente. O anúncio foi feito durante deliberação do Comitê Extraordinário Covid-19, nesta quarta-feira (18), que constatou o aumento de 11% da incidência da covid-19 nos últimos 14 dias no estado.
Com a decisão, as regiões Nordeste e Leste passam para a onda vermelha – onde somente os serviços essenciais, como supermercados e farmácias, estão autorizados a funcionar. Já as regiões Leste do Sul e Sudeste retornam para a onda amarela, que permite a abertura de serviços não essenciais com menor risco de contágio, como lojas de roupas e salões de beleza.
A região do Vale do Aço permanece na onda amarela, enquanto as demais nove regiões (Triângulo do Norte, Triângulo do Sul, Sul, Oeste, Centro, Noroeste, Norte, Jequitinhonha e Centro-Sul) ficam na onda verde, fase que possibilita a abertura de serviços não essenciais com alto risco de contágio, como cinemas e bares com música ao vivo.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, o médico Carlos Eduardo Amaral, a decisão de regredir as quatro regiões foi tomada após a constatação da piora nos índices de transmissão, incidência e ocupação dos leitos em algumas localidades.
O secretário afirmou que o Minas Consciente foi desenvolvido para acompanhar de perto essas oscilações, avançando quando possível e regredindo quando necessário.
“O que nós avaliamos foi o aumento da incidência da quantidade de casos em algumas regiões, o que provocou a regressão de algumas regiões das ondas em que elas estavam. Mas isso não é motivo para acharmos que está tendo uma nova onda no estado”, avaliou.
Carlos Amaral lembrou ainda a importância de a população manter os cuidados para evitar a transmissão da doença. “É fundamental que os mineiros participem das ações de controle, com o uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social”, finalizou.
Com informações da Ag. Minas