MUTUM – A rodovia MG-108, no trecho de 28 quilômetros que liga a BR-474 ao município de Mutum, enfrenta uma situação de completo abandono. “Sem pavimentação e com condições severamente precárias, o trecho se tornou praticamente intransitável, causando prejuízos significativos à população, aos produtores e ao comércio local”, destaca um morador da região.
Apesar de décadas de reivindicações e inúmeras tentativas da comunidade para obter o asfaltamento, a situação persiste, agravando os desafios enfrentados pelos moradores e empresários da região. O abandono da via prejudica diretamente o escoamento de produtos agrícolas e industriais, como laticínios, granito e madeira, além de encarecer custos logísticos e atrasar entregas. “O impacto na economia local é devastador, gerando perda de competitividade e afetando diretamente o sustento das famílias”.
Histórico de Mobilizações
Nos últimos anos, a comunidade local tem se mobilizado intensamente para chamar a atenção das autoridades. Em 2013, uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais reuniu lideranças regionais em busca do asfaltamento do trecho. Em 2022, protestos interromperam o trânsito na rodovia, mas, apesar das promessas de melhorias feitas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG), as obras ainda não foram iniciadas.
Em agosto de 2023, um incêndio na estrutura de madeira de uma ponte sobre o córrego do Paiol trouxe ainda mais dificuldades. A interdição por cinco dias evidenciou a urgência de investimentos na substituição por pontes de concreto e em reparos estruturais.
Prejuízos à Comunidade
Além do impacto econômico, os moradores enfrentam condições perigosas de tráfego, que colocam em risco a segurança de motoristas e pedestres. Ambulâncias e veículos de emergência têm dificuldade para circular, comprometendo a prestação de serviços essenciais.
Apelo às autoridades
A população de Mutum e região exige uma resposta imediata das autoridades estaduais para sanar essa situação crítica. O asfaltamento dos 28 quilômetros da MG-108 não é apenas uma questão de infraestrutura, mas de dignidade e desenvolvimento. “A rodovia é vital para a economia local, para a segurança dos cidadãos e para a integração de Mutum com outras regiões de Minas Gerais e do Espírito Santo”, finalizou o morador.