Artigo

VAMOS MOLDAR NOSSO AMANHÃ?

Queria estender o meu abraço cordial a todos – sobrevivemos mais uma semana, e eu desejo a todos muita saúde e muita paz!

Não sei como você se sente hoje, mas queria fazer duas colocações: uma, em referência à pandemia, e a outra, sobre a preocupação de um médico de Viçosa – cidade vizinha.

Você sabia que a pandemia mais grave da história foi a gripe espanhola de 1918? Ela durou dois anos, teve três ondas de contaminação com o total de aproximadamente 500 (QUINHENTOS) MILHÕES de pessoas infectadas e totalizando 55 (CINQUENTA E CINCO) milhões de PESSOAS que perderam a vida.

Veja que dado impressionante, e deveras preocupante para nós: A maioria das mortes ocorreu durante a SEGUNDA ONDA de contaminação!

Por quê?

A população TOLEROU TÃO MAL as medidas de quarentena e de distanciamento social que, quando a primeira saída pública foi liberada, A ALEGRIA NAS RUAS FOI TAL que abandonaram TODAS AS MEDIDAS de precaução aprendidas e praticadas. Nas semanas seguintes, a segunda onda de contaminação chegou com milhões de mortes.

Por isso não VAMOS FICAR empolgados quando TUDO for liberado, certo? Precisamos manter a calma e continuar tomando muito cuidado. NÃO VAMOS QUERER UMA SEGUNDA ONDA DE CORONAVÍRUS. (Como sou Cruzeirense, uma segundona basta!)

Minha segunda observação: O médico de Viçosa, Dr. Fabrício, decidiu – no final de mais um dia de muita luta no hospital – desabafar e separou um tempo para se dirigir ao público através de um YouTube. Por quase meia hora ele falou: uma fala muito cuidadosa, solidamente científica, e tremendamente humana.  Você pode ouvi-lo aqui: https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=2545396588893519&id=100002696078674&sfnsn=wiwspwa&extid=TflZi3MdnLrjld8T&d=w&vh=i

Qual era preocupação dele?

Estava preocupado com o povo adoecendo através do preocupar-se e de não conseguir se desligar das notícias sobre a praga que rodeia a todos.

O Doutor – uma pessoa simples, mas muito ligada ao bem-estar das pessoas – disse que a grande maioria dos pacientes que vem à clínica e/ou hospital acusava principalmente o sintoma de pânico. O médico enfatiza que esse e outros sintomas da psique não têm nada a ver com a doença-causa da pandemia!

Nunca devemos pensar que alguém sofrendo assim esteja “inventando” coisas. Por infelicidade, porém, e sem querer, ela entrou numa trilha perigosa, que pode ficar cada vez mais difícil, e certamente, mais assustadora (para ela).

Mas, por que alguém entraria em pânico? Muita coisa a ciência já descobriu, e até já há remédios que ajudam, cauterizando essa influência maléfica de sorte que a pessoa pode ver raios de luz, de esperança de novo.

A pessoa que sofre deste mal precisa de um apoio muito especial. Mas ela mesma precisa se cuidar para não cair na armadilha. Notícias ruins podem aumentar nosso medo, e fomentar a desesperança. Por isso, o Doutor de Viçosa aconselha fazer as coisas simples e fáceis:

– leve uma vida normal, cuidando de seu sono, de sua alimentação (comer demais é ruim também, certo?), dos exercícios físicos, e, sobretudo, de sua MENTE. É o que diz uma sabedoria antiga: uma mente sã precisa de um corpo são. Quando estamos enfraquecidos, tendemos a pensar negativamente, e a ver problemas e dificuldades em tudo. O corpo afeta a mente, e vice-versa!

Claro que a televisão pode ser uma ajuda. Mas só se ESCOLHEMOS O PROGRAMA! E SE soubermos usar também aquele botão denominado “DESLIGA”!

Mas melhor ainda, para desanuviar nossa mente, para pensar em coisas diferentes, é EXCELENTE ter conversas boas, que edificam (pra isso até o WhatsApp se dá muito bem!).  Mas, também, e principalmente, a LEITURA faz MUITO BEM pra nossa mente. LER BONS LIVROS, pois talvez nem sempre encontramos pessoas disponíveis. O livro se torna a grande opção nesses dias especiais. Um livro BOM é como uma boa viagem, um passeio, onde vemos coisas diferentes, e há muita coisa boa pra se ver neste mundão de Deus – e, isso, até, sem sairmos de nosso lugar SEGURO!

Assim, qual é a principal conclusão a que chegamos?

Muito simples: TEMOS DE MUDAR NOSSOS HÁBITOS!

NÃO!  – já está muito claro: vai demorar mais – MAIS mesmo – até que poderemos fazer o que fazíamos antes, isto é, de levar aquela vida à vontade, sem hábitos cuidadosos, ‘desleixados’ conosco e com aquilo que nos ajuda a ter uma mente boa, que está sempre pronta para ver o lado bom nas outras pessoas, e para sermos criativos no nosso trabalho. (Aquele ‘negócio’ de tirar uma folga, de soltar as amarras, de relaxar… – creio que vai demorar mesmo.)

Estou generalizando, e talvez exagerando – um pouco apenas. Perdão! Mas há momentos que parece que estamos de volta à barbárie: o egoísmo ao extremo, insensibilidade total pelo próximo, e um clima temperamental o menos propício para o bem, para fazer o bem, e assim por diante.

TEMOS DE MUDAR!

– e isso é mais fácil quando COMEÇA de cima: os filhos vendo os pais e os seus instrutores com HÁBITOS saudáveis, com uma linguagem edificante! Deve começar com as lideranças – mais do que nunca, OS LÍDERES DEVEM SER O EXEMPLO!

Essa sequência – de cima para baixo – é algo tão claro como 2 + 2 são cinco, digo, quatro: Se meu líder dá um exemplo deplorável, de impaciência, de corrupção, de escárnio – desculpe, mas, por exemplo, a desigualdade salarial que se cultiva a partir do governo (as leis vêm de lá), e que as empresas e instituições, inclusive as com preocupação social, ‘obedecem’ SEM QUESTIONAR – isso é um mau exemplo, é um desprezo sarcástico, um verdadeiro escárnio!

Qual será o final da calamidade sanitária global atual?

Na verdade, temos uma pandemia muito mais séria acontecendo há muitos anos e que volta e meia produz uma nova onda, e continua causando novas vítimas: é essa vida sem cuidado com as coisas básicas da gente, que inclui o outro, o próximo – por acaso?!

O que mais precisa acontecer para mudarmos?

É tempo de virada.

Não creio – de jeito nenhum – na solução violenta. Para isso temos nossa ‘cabeça’, NOSSA MENTE, e é a partir da MUDANÇA NELA – PELA EDUCAÇÃO – que chegamos a um patamar novo, no qual há lugar para todos, e onde todos são tratados e respeitados de forma digna.

Humildemente, a DOCTUM – que aqui tenho um orgulho sincero de representar – crê que a educação transforma o ser humano.

 

Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – rudi@doctum.edu.br

Diário de Manhuaçu

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