Juliana é suspeita de participar de quadrilha que teria aplicado golpe do Pix em uma mulher
Juliana de Pádua, viúva de Guilherme de Pádua – condenado pela morte de Daniella Perez nos anos 1990 – é alvo de investigação por prática de estelionato. A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) na manhã desta quinta-feira (4 de julho).
As investigações começaram após Juliana ser denunciada por uma mulher, que afirmou ter sido vítima de golpe do Pix em dezembro de 2023. Conforme o boletim de ocorrência, a mulher procurou a delegacia e afirmou estar sendo extorquida por uma quadrilha formada por quatro pessoas, entre elas seu ex-companheiro e também a viúva de Guilherme de Pádua.
Segundo a vítima, tudo começou quando seu ex-companheiro lhe pediu diversas transferências via Pix, alegando que tinha uma fortuna para receber em Salvador, capital da Bahia. O homem afirmou ainda que iria devolver os valores emprestados e que também lhe daria uma “alta quantia”.
A mulher então efetuou a transferência de cerca de R$ 22 mil, mas notou, dias depois, que havia caído em um golpe.
Segundo a PCMG, a investigação contra Juliana, que apura suposta prática de estelionato, tramita atualmente na Delegacia de Polícia Civil em Pedro Leopoldo. A PCMG afirmou que outras informações “serão repassadas ao término das investigações”.
Quem é Juliana de Pádua?
Juliana é conhecida por ser viúva de Guilherme de Pádua, ex-ator e pastor da Igreja Batista da Lagoinha em Belo Horizonte, que morreu na capital mineira após um infarto, em novembro de 2022.
O homem era conhecido por ser o autor da morte da atriz Daniella Perez, filha da autora Glória Perez, em 1992. Pádua foi sentenciado a 19 anos de prisão, mas cumpriu apenas sete anos por bom comportamento.
Juliana e Guilherme de Pádua se casaram em março de 2017, quando a mulher ainda se apresentava como estilista. Uma cerimônia aconteceu em maio do mesmo ano na Igreja Batista de Lagoinha de BH.
Relembre o crime
Na noite de 28 de dezembro de 1992, o corpo de Daniella foi encontrado num matagal na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, perfurado por cerca de 18 punhaladas realizadas com uma tesoura que feriram seus pulmões e o coração.
A polícia chegou até De Pádua por causa de uma testemunha que teria visto o seu carro, com a chapa adulterada, na cena do crime, pouco antes de o corpo da atriz ter sido deixado ali. A Justiça concluiu que o ator e sua mulher à época, Paula Thomaz, armaram uma emboscada contra a vítima. Ambos foram condenados por homicídio qualificado a uma pena de 19 anos de prisão.
Fonte: O Tempo