MAPA DE CUSTOS DE MATERIAIS
Prof. Rodrigo Chaves – Contador de Custos
A primeira etapa da análise de custos, dizem grande parte dos doutrinadores, não seria o levantamento geral dos custos, e nem a classificação desses fenômenos, mas o mapeamento dos custos dos materiais, isto é, os gastos de compra, os tributos dessa compra, a alocação dessa compra, a movimentação e controle dessas unidades, e a formação de cada custo unitário e da mercadoria vendida. Isso é possível por meio de sistemas, mas também deve ser revisto pelos contadores de custos. As planilhas de mapeamento de materiais são simples, e são paralelas aos sistemas contábeis de contabilização dos aludidos.
As compras são um dos principais fenômenos das empresas, saber de quem compra e como compra, os prazos, os valores, as prestações, são matérias essenciais do contador de custo, isso porque o prazo de giro das compras que vai determinar o número de ineficiência do giro, ou até mesmo a presença de estoques obsoletos e invendáveis, o que será a base para todo o capital de giro, e para as inclusões desses materiais nos estoques. Às vezes por um dia do prazo de compra, se pode resolver inteiramente os problemas de capital de giro de uma empresa. Mas o analista, o contador de custos, deve proceder a tal levantamento.
No caso de estoques produzidos o cuidado deve ser muito maior. Para cada centavo que se gasta, haverá uma colaboração para com as operações de produção, e claro o desperdício conta muito em produtos de menor preço, como R$ 0,10, R$ 0,15, etc., porque são produtos menores, e claro, o percentual é mais relevante, quanto mais se conta no preço, ou quanto mais se conta na produção. Assim cerca de Um milhão de unidades produzidas se se perde R$ 0,10 temos uma perda de 10% da produção, o que equivale a uma parte da folha do período, sendo relevante valor que se perde.
A questão da quantidade produzida é uma parte a ser avaliada, e claro da quantidade a ser perdida, mas isso começa no mapeamento da compra. O controle das entradas de materiais em valor e unidades. As saídas. Os prazos e prestações. O controle item e a item para estoques finais. Isso vai compensar claro no valor do estoque final, visto que a soma das compras, mais as requisições, menos os estoques em ativo que vão gerar o custo. Assim comprar muito pode ser negativo para o empreendimento, dependendo da sazonalidade, em outros casos, comprar pouco também é sinal de desaceleração operacional do capital de giro. Para saber se as compras são normais, o mapa de estoque vai dar esta primeira noção de risco, efetivamente, os materiais não compõem apenas de materiais comprados e estocados, mas de materiais requeridos e vendidos, logo, do que sobra também de materiais. Serão estes itens que darão uma noção do valor do custo real dos materiais, a se encetar pelas compras de mercadorias ou produtos.









