SIMONÉSIA – A missa de corpo presente do Padre Adriano da Silva Barros, de 36 anos, que foi assassinado brutalmente em Manhumirim, aconteceu nesta quinta-feira (15), na matriz de São Simão em Simonésia.
A celebração das exéquias foi realizada pelo bispo diocesano de Caratinga, dom Emanuel Messias, e contou com a presença de muitos padres de paróquias da região.
A celebração foi transmitida pelo pela Pascom no canal da paróquia São Simão no YouTube e alcançou um grande índice de visualizações.
O caixão durante todo tempo permaneceu fechado e continuou por mais uma hora dentro da matriz para que as pessoas pudessem se aproximar e deixar as suas orações ou apenas tocar no caixão como forma de abraço e agradecimento.
Muitos destes que estavam na celebração da missa de corpo presente já tinham até mesmo transformado em amigos pessoais do Padre Adriano, que passou pela paróquia e deixou a sua marca como padre, como cidadão de caráter e de uma simpatia incomparável.
Logo após a visitação dos paroquianos presentes, o corpo do padre saiu da igreja sob homenagem em forma simbólica com aplausos e daí seguiu em cortejo em direção a Martins Soares para mais uma celebração, desta vez em sua terra natal.
Logo após a celebração em Martins Soares, o corpo foi sepultado em Manhumirim.
Padre Adriano da Silva
Natural da Paróquia de Nossa Senhora Mãe dos Homens, de Martins Soares, iniciou seu processo vocacional na congregação dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora, em 2008. Em 2014 foi enviado para o estágio pastoral na Paróquia Santo Anastácio em Tamboril, diocese de Crateús-CE. Em 2018, após ser admitido no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Rosário, realizou estágio pastoral na Paróquia São Judas Tadeu, do bairro Limoeiro, em Caratinga.
O crime
O Padre Adriano da Silva Barros, de 36 anos, foi assassinado por Giovani Oliveira dos Santos, de 22 anos, nesta terça-feira (13) em Manhumirim. O corpo do Padre foi encontrado nesta quarta-feira (14) também em Manhumirim, parcialmente carbonizado. O autor alegou na confissão que os dois tinham um relacionamento amoroso e que o Padre havia se negado a dar dinheiro para ele.
Matou para roubar
Polícia Civil acredita que versão de suspeito preso é falsa e trabalha com tese de latrocínio sobre a morte do Padre Adriano.
Em vídeo, Dr. Carlos Roberto Souza, delegado regional de Manhuaçu, disse que o crime será tratado como latrocínio. As autoridades acreditam que a versão do suspeito Giovani Oliveira dos Santos, 22 anos, é uma forma de se esquivar da responsabilidade, colocando parcela de culpa na vítima.
Para o delegado da PC, a versão de que o suspeito estava extorquindo o padre em determinado valor, em razão de um determinado suposto relacionamento é falso.