MANHUAÇU – Um cadáver foi encontrado no início da tarde desta terça-feira (10) em uma lavoura de café na região do bairro Ponte da Aldeia. O corpo foi queimado e a Polícia Militar acredita que a vítima seja Adriana de Oliveira Mota, 43 anos, pois os familiares até tinham feito boletim de ocorrência sobre o seu desaparecimento. A mulher está desaparecida desde o dia 24 de março de 2018. A PM localizou um suspeito, que era justamente o namorado de Adriana.
Uma pessoa, que trabalha na lavoura de café, encontrou o corpo e acionou a PM. Uma guarnição foi até o local e chamou a Perícia Técnica da Polícia Civil, que informou que devido ao estado do cadáver, não foi possível dizer a causa da morte. No local, o perito apreendeu um par de luvas. Como os policiais tinham conhecimento do BO registrado pelos familiares de Adriana, eles foram localizados e avisados do fato. Uma sobrinha de Adriana viu o corpo e disse que se trata da tia. Ela alegou que reconheceu a pulseira e o sutiã usados pela vítima.
SUSPEITO LOCALIZADO
Depois que o corpo foi entregue ao serviço funerário, os militares saíram em rastreamento e foram até o lugar em que suspeito trabalha. Os policiais perceberam que neste local, tem ampla visão do lugar em que o corpo foi encontrado, “ficando bem evidente que o suspeito viu a movimentação das viaturas e por isso teria ido embora do trabalho de forma desesperada sem dar satisfação ao patrão”, consta no relatório feito pelos policiais militares.
A equipe se deslocou até a casa do suspeito, mas ele também não foi encontrado. O padrasto do acusado autorizou vistoria no imóvel e foram localizadas as roupas e calçados do suspeito que estavam sujos. Foi apreendido também um galão contendo 500ml de álcool, “sendo que este galão estava dentro de uma sacola plástica de cor preta que continha grãos de café queimados e ainda uma folha de árvore também queimada”, ressalta a PM.
Em continuidade ao rastreamento, os policiais obtiveram a informação de que o suspeito estaria na casa de sua irmã, no distrito de Realeza. Uma equipe da PM foi até essa residência e encontrou o suspeito, que negou a autoria do crime. Conforme a PM, ele disse que estava trabalhando na serraria no bairro Ponte da Aldeia, quando um amigo lhe informou que o corpo de Adriana foi encontrado e era melhor ele sair do local de trabalho, pois os familiares da vítima poderiam lhe agredir, sendo assim, o suspeito foi para casa de sua irmã, em Realeza.
Os militares ressaltaram que o suspeito deixou o serviço por volta das 14h de terça-feira (10), mas até neste horário ainda não tinham sido feitos trabalhos a respeito do corpo, tão pouco sua identificação.
Sobre os últimos contatos com a vítima, o suspeito declarou que no dia 24 de março (sábado), Adriana chegou em sua casa por volta das 17h e eles saíram às 20h para o bairro Santa Luzia, onde suspeito afirma que comprou quatro pedras de crack por 40 reais. Ele acrescentou que depois foram para sua casa e que fez o uso da droga sozinho, pois Adriana não usava entorpecentes. Conforme o suspeito, após consumir o crack, já na madrugada de domingo (25 de março), saiu de casa, tendo retornado somente na madrugada do dia seguinte. O suspeito ainda declarou que durante este período que esteve fora de sua residência, usou drogas junto de outras duas pessoas.
Diante da situação, o suspeito foi conduzido para Delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos.