MANHUAÇU – Com o desafio de conciliar interesses diversos e garantir os usos múltiplos da água, representantes do Comitê deliberarão sobre investimentos e projetos no território. Mais de R$ 16 milhões serão investidos no programa Rio Vivo.
Com a missão de fortalecer ainda mais a gestão dos recursos hídricos e manter a mobilização social entre os membros, foram empossados na tarde desta quarta-feira (18) os novos conselheiros do Comitê de Bacia Hidrográfica Águas do Rio Manhuaçu (CBH Manhuaçu), para o exercício de 2023 a 2027. Na solenidade também foi eleita nova diretoria do CBH Manhuaçu para conduzir os trabalhos até 2025. A reunião de posse foi realizada no Auditório da Prefeitura de Taparuba.
Nova Diretoria
A disputa em chapa única reelegeu Genilson Silva para presidente (Poder Público Estadual); a vice-presidente Flávia Dias (Sociedade Civil); Senisi de Almeida Rocha permanece no cargo de secretário executivo (Sociedade Civil – Insol Instituto Soledade) e Toríbio Cordeiro Neto assume o cargo de secretário-adjunto (Usuários). “Nosso foco é trabalhar a gestão do comitê colocando a água como tema central no desenvolvimento do território e fomentar programas e projetos voltados à conservação do solo e da água. Ou seja, colocar em pratica os instrumentos de gestão que já tínhamos em mãos”, comentou Genilson Silva em seu primeiro pronunciamento como presidente reeleito.
Desafios
Para os próximos dois anos, o colegiado eleito propõe uma harmonia e união dos membros em prol de pautas propositivas e soluções para questões a serem implementadas, comprometendo a se dedicar, com empatia, aos compromissos da diretoria, explorando a capacidade de liderança e articulação dos conselheiros.
Além disso, a nova gestão se compromete em dar ênfase às medidas a serem tomadas para implantar os programas e projetos a serem desenvolvidos a partir do novo PIRH; fomentar, incentivar e dar apoio a novos programas, projetos e experiências no segmento agropecuário, com ênfase no uso e conservação do solo, que possam ser aplicadas na Bacia, assim como nas demais culturas, como a cafeicultura, por exemplo, e articular e discutir sobre a integração de territórios de bacias limítrofes e a possibilidade de criação de grupos de trabalhos interfederativos.
Genilson afirmou que o colegiado estará empenhado em agilizar as ações previstas no plano de trabalho e viabilizará tudo que for necessário para a efetivação dos programas e investimentos. “O primeiro passo é capacitar os novos membros do comitê para conhecerem os instrumentos mais a fundo. A partir do momento em que todos estiverem capacitados, iremos trabalhar em conjunto em prol da bacia. A expectativa é grande, pois temos pela frente a implantação de iniciativas como o Programa Rio Vivo, temos ainda o programa de monitoramento de recursos hídricos, que já se encontra em fase de implementação e programas de recuperação de solo na área rural. Acreditamos que iremos colocar tudo em prática a partir de agora”, afirma.
Para a vice-presidente Flávia Dias a meta é manter as iniciativas e projetos que vem sendo desenvolvidos ao longo dos anos. “Com as ferramentas legais estabelecidas conforme a legislação, esperamos colocar em prática todas as ações em prol da gestão das águas. Me sinto feliz em estar dando continuidade ao trabalho voluntário, que tenho orgulho de fazer parte”, comentou.
O secretário executivo Senisi Rocha (InSol Instituto Soledade), celebrou o momento e comentou sobre as expectativas de trabalho e desafios na gestão das águas na Bacia do Rio Manhuaçu. “Apesar de toda bagagem de experiência a gente se enche de expectativa para fazer uma gestão ainda melhor. Nós temos um cenário ainda mais favorável com plano de bacia revisado e o enquadramento. A Agedoce com entregas significativas, a gente acredita que esse novo mandato vai nos favorecer mais melhorias na nossa bacia no tocante da quantidade e qualidade das águas”, afirma.
A força do Comitê está na mobilização dos seus membros
O CBH Manhuaçu é considerado o parlamento das águas e é composto por representantes da sociedade civil, poder público e usuários – ou seja, aqueles que utilizam a água do rio para consumo próprio ou em atividade produtiva. Assim, a partir de diferentes visões, promove o diálogo em torno de um interesse comum: a garantia de acesso à água em seus usos múltiplos.
Ele tem poder de Estado e atribuição legal de deliberar, de forma compartilhada e descentralizada, sobre a gestão da água nas respectivas áreas de abrangência.
Genilson acredita que é preciso dar continuidade no diálogo e união entre os membros a fim de ampliar a atuação dentro dos municípios integrantes do comitê. “O engajamento é fundamental para que os trabalhos possam se desenvolver ao longo desse período. O comitê não anda se não houver o envolvimento de todos. O comitê do Manhuaçu já tem esse perfil de envolvimento, a mobilização e disponibilidade sempre foram a nossa característica. Graças as nossas reuniões itinerantes, damos a oportunidade aos novos membros conhecerem a realidade da bacia”, concluiu.
Rio Vivo
A Iniciativa Rio Vivo, continua avançando pelos Comitês da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. No CBH Manhuaçu, o processo de contratação da empresa, que será responsável pela execução do serviço está em andamento.
Está previsto para a Bacia receber um aporte de mais de R$ 16 milhões, oriundos da cobrança pelo uso da água, em investimentos em obras para retenção de sedimentos, saneamento rural e de recomposição de APPs e nascentes.
Homenagem
Durante a plenária houve uma homenagem dos membros do comitê a Isaura Paixão, figura fundamental na construção do CBH Manhuaçu e na luta pelas causas ambientais na região. No comitê, Isaura já foi presidente e sempre, acompanha de perto a gestão dos recursos hídricos na Bacia do Rio Manhuaçu e também de toda a Bacia do Rio Doce.
Após a plenária, houve plantio de mudas de árvores realizado entre os membros empossados para celebrar o momento histórico.
Assessoria de Imprensa – Prefácio Comunicação