Neste 8 de março comemoramos o dia da Mulher.
Muito justo, diante de sua caminhada de dependência e sofrimento.
Desde sempre a mulher era tratada como um ser menor. A ideia de submissão e de dependência preponderava, fazendo com que as mulheres não pudessem agir com autonomia perante a sociedade e perante a sua família.
A sociedade brasileira era considerada patriarcal, tendo suas atenções voltadas para o homem. Ele podia estudar, trabalhar e tomar decisões. À mulher só cabia o papel de submissão. Quando menores, deviam obediência ao pai; quando casadas, deviam ao marido. As decisões eram a cargo do marido, sendo ele o chefe da sociedade conjugal.
E mesmo no lar, havia muita violência por parte dos maridos. As mulheres sofriam traições, desrespeitos e até apanhavam deles. Relatos sobre os sofrimentos das mulheres ocasionados pelo marido, são inúmeros e dão conta de maldades nunca imaginadas por ninguém.
O casamento era indissolúvel, só havia o desquite, que dissolvia a sociedade conjugal, mas não o vínculo. A mulher desquitada sofria um preconceito muito grande por parte da sociedade, ficando mal vista. Por isso, muitas mulheres mantinham a situação humilhante, com receio do que iriam sofrer. Os homens se uniam a outras mulheres, sem nenhum problema.
Imaginem. Até a virgindade era exigida somente das mulheres. Se descobrissem que ela não era virgem, o casamento era anulado. Se a mulher tivesse um filho fora do casamento, devia arcar com as responsabilidades, não tendo o pai nenhuma obrigação perante a lei.
Em 1977 surgiu a lei do divórcio, permitindo ao homem e à mulher contraírem novas núpcias.
Movimentos feministas ajudaram a mudar essa situação. Não de maneira pronta, mas gradualmente a mulher foi conquistando seu espaço. A luta dos movimentos feministas ajudaram na conquista da independência e isonomia em relação ao homem.
Dia da mulher é um momento de reflexão a respeito de como a sociedade a trata, tanto no convívio social, como dentro de casa e no ambiente de trabalho. É um momento, também, para discutir e combater a violência de gênero, sobre o assédio e sobre os índices de feminicídio, que aumentam a cada dia, sem que haja uma efetiva resolução do problema.
É o momento de enaltecer a luta das mulheres por direitos. É hora de lembrar essas criaturas que têm a força do Espírito Santo e geram filhos, construindo a população mundial.
Dia da mulher é todo dia.