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Manhuaçu fecha 45 postos de emprego em julho, segundo Caged

MANHUAÇU – A geração de empregos em Manhuaçu ficou no negativo pelo sexto mês seguido, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do mês de julho. Foram fechados 45 postos de empregos, uma variação negativa de -0,23% em relação ao mês de junho, o resultado só não foi pior do que o de abril, primeiro mês da pandemia da Covid-19, onde foram fechadas 381 vagas, uma queda de -1,86%.

 

O setor com pior resultado na geração de empregos foi o de serviços (restaurantes, cafés, hotéis), onde foram fechadas 48 vagas, seguido por comércio (30 vagas) e construção civil (25 vagas). Já o setor da indústria teve alta, com 56 novas vagas, seguido pela agropecuária, com duas vagas.

 

A cidade que vem tentando se reerguer desde as enchentes que assolaram a região em janeiro deste ano, viu, com o início da pandemia do novo Coronavírus em março, o cenário piorar. A dona de restaurante, Flávia Mendes Portes, é um exemplo do que vem ocorrendo no município, principalmente no setor de serviços. Segundo Flávia, no período pós-enchente, ela não havia demitido ninguém, apesar de ter tido cem por cento de prejuízo. “Após a enchente eu não dispensei ninguém, porque a nossa expectativa era de reformar o ponto, colocar tudo pra trabalhar de novo e continuar com a nossa mesma equipe, 15 pessoas. Em março já veio a pandemia e tivemos que parar o atendimento totalmente, mas seguramos pra não dispensar ninguém. Já em abril, vimos que não teria como manter, então começaram-se as demissões. Hoje eu conto com apenas quatro pessoas. Uma empresa grande, hoje ela foi reduzida por menos que a metade”.

 

Flávia ainda conta que aderiu aos acordos de redução de jornada e salários, mas que mesmo assim não foi possível manter o quadro. “Aderi a redução da carga horária e salário, mantive aqueles que depois eu tive que dar estabilidade, mas mesmo terminando esse período, muitos destes foram dispensados. Os que constam ainda, são esses em que eu tenho que dar estabilidade, mas também acabando esse período, não tenho como ficar com eles, não tem movimento para poder mantê-los, infelizmente”.

 

A redução na clientela também é um fator que tem levado na redução dos empregados, segundo Flávia. “A demanda ainda está pouca, não tem o mesmo giro que tinha, porque as escolas e as faculdades não estão funcionando. A população que residia aqui para estudar, a gente contava com esse público, que é em torno de 60% do nosso movimento. A correria do dia-a-dia, as mães levando os filhos para o colégio passavam pra almoçar, aqueles que saiam da escola também almoçavam aqui e depois iam pra casa, os estudantes que moravam aqui em repúblicas, e hoje a gente não tem essa circulação dessas pessoas. Muitos dos nossos clientes são idosos, que almoçavam com nós e hoje já não saem tanto de casa”.

 

A proprietária ainda diz que reduziu o preço do quilo do self-service em seu restaurante, para manter o movimento, mas devido a alta dos preços dos insumos, a conta não fecha. “Desde o começo da pandemia reduzimos o nosso preço durante a semana e nos finais de semana, tentando manter o máximo possível da nossa qualidade, que a gente não abre mão, é aonde tem ficado mais difícil, com a alta dos preços”.

Diário de Manhuaçu

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