Ela vive em Barcelona e está reclusa devido a pandemia
DA REDAÇÃO – Até a tarde de ontem, conforme reportagem do jornal El País, a Espanha já registrava quase 2.700 mortes por Coronavírus e estava perto de 40.000 infectados (um aumento de quase 19,8% nas últimas 24 horas, com 6.584 novas infecções), segundo o último balanço do Ministério da Saúde da Espanha. A região de Madri continua sendo a mais afetada pela pandemia, com 31% das infecções (12.352 casos) e 57% das mortes (1.535). Já a Catalunha, cuja Barcelona é sua capital, teve até ontem, 7.864 casos, registrando 339 mortes. A manhuaçuense Rosane Valverde, 51 anos, mora em Barcelona e conta como aquele país está diante dessa pandemia.
Ela ressalta que está desde o dia 16 de março sem trabalhar. Rosane cumpre a quarentena. “Muitas coisas foram fechando gradualmente. Únicas coisas que estão abertas aqui são os hospitais, farmácias e supermercados. Ainda tem alguns ônibus no bairro circulando, mas foram cortados pela metade”.
Rosane observa que alguns produtos já estão faltando. “Os mercados já estão com falta de produtos e os preços aumentaram também. Está faltando arroz, feijão, pó de café nos mercados. Desde a semana passada que estamos notando a falta de produtos. Estamos sem contato com ninguém, só por vídeo conferencia mesmo. No bairro onde moro já cerca de 30 casos confirmados.”
Ela alerta aos brasileiros sobre o que fazer no meio dessa pandemia, “Se previnam, fiquem em casa, lavem as mãos. A pandemia está fora de controle, então fiquem de quarentena, façam sua parte, ajudem ao próximo. Muitos idosos não podem sair, e se você puder, vá no mercado para eles. Estou tentando voltar para o Brasil já tem uma semana, e não consigo. Já tentei comprar passagem e não consigo, os aeroportos de Barcelona estão fechados”.