REDAÇÃO – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou, nesta quarta-feira (11), que cerca de 400 reclamações sobre o concurso da Secretaria de Estado de Educação (SEE) foram registradas pela ouvidoria do órgão até a tarde de terça-feira (10).
Entre os principais motivos das queixas, estão, por exemplo, provas que teriam começado em horários diferentes, candidatos com celular, envelopes de cadernos de questões que teriam chegado abertos e cadernos xerocados.
O concurso, aplicado neste domingo (8), oferece 16 mil vagas para o cargo de professor de educação básica e 700 vagas para especialista em educação básica. Candidatos enfrentaram atraso no início das provas. Um suposto vazamento de fotos do caderno de questões foi denunciado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE).
De acordo com o MPMG, em março, um inquérito civil já havia sido instaurado para investigar suposta irregularidade no edital do concurso, por causa da exigência de autenticação em cartório de documentos que deveriam ser apresentados na avaliação de títulos.
De acordo com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, as cerca de 400 reclamações ainda não foram repassadas pela Ouvidora, mas o mais provável é que elas sejam incorporadas ao inquérito, que está em fase inicial.
Nesta quarta, a reportagem não conseguiu contato com a responsável pelo concurso, a Fundação Mariana Resende Costa (Fumarc). Após o concurso, a organizadora disse que enfrentou um problema de logística, o que causou o prolongamento do horário de início das provas em 60 minutos.
“O material de apoio aos fiscais, com a lista de presença dos candidatos, que seria destinado a quatro escolas de Belo Horizonte, foi embarcado em veículo da Fumarc com outra rota de distribuição. Com isso, o veículo da Fumarc teve que retornar ao ponto de origem para a destinação correta do material de apoio”.
Ainda segundo a Fumarc, o início do concurso, em todas as regiões, ocorreu quando as quatro escolas receberam o material de apoio. “Também com o objetivo de respeitar o intervalo entre as provas da manhã e tarde, considerando que muitos candidatos participariam dos dois concursos, o início das provas, neste segundo turno, também foi prolongado”, acrescentou a fundação.
Sobre as denúncias, a Fumarc informou que cada uma será apurada e que, até o momento, não há indícios de que candidatos foram beneficiados com eventual vazamento.
A Secretaria de Estado de Educação confirmou que o atraso em Belo Horizonte impactou o início das provas em outras cidades. Em Juiz de Fora, a Polícia Militar (PM) registrou um boletim de ocorrência denunciando problemas no exame.
A secretaria afirmou que tomou conhecimento de denúncias que circulavam em redes sociais quanto ao uso de celulares em ambiente de provas, além de fotos de supostas provas. Diante disso, acionou a Fumarc para apuração das denúncias e aguarda uma posição da empresa.
Fonte: G1 Minas Gerais