DA REDAÇÃO – A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) lançou nesta quinta-feira (19) a campanha Quem Vacina Não Vacila, para reforçar a importância de se cumprir o calendário de vacinação dos adolescentes. Com a participação de influenciadores digitais e postagem nas redes sociais e internet, a ação destaca o papel da vacinação na proteção individual dos adolescentes e na saúde coletiva, já que um adolescente imunizado também protege pessoas de outras idades contra doenças infecciosas.
O calendário de vacinação para adolescentes do Ministério da Saúde recomenda a vacina contra o HPV; a vacina meningocócica ACWY, que previne a meningite; e a vacina DT (dupla adulto), contra difteria e tétano. Também é preciso conferir se vacinas como a da hepatite B e a tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) estão em dia, além das doses de reforço previstas para outras vacinas.
O presidente da SBIm, Juarez Cunha, lembra que as coberturas vacinas já estavam em queda no país, e que a situação se agravou com a pandemia da covid-19. “[A adolescência] É uma faixa etária em que temos várias vacinas recomendadas e disponíveis, mas com certeza subutilizadas”, disse Cunha no lançamento da campanha.
Além dos adolescentes, a ação pretende atingir educadores, responsáveis, profissionais de saúde e difusores de informação.
A campanha tem apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.
A chefe da área de Saúde e HIV do Unicef no Brasil, Cristina Albuquerque, avalia que o esforço de disseminar informação é importante porque uma das principais demandas da população é entender melhor os efeitos adversos previstos na vacinação e saber como proceder nesses episódios, que são considerados raros.
“A gente sabe que não é só no quesito da imunização. O adolescente não vai na unidade de saúde fazer prevenção, porque ele acha que não adoece. Ele tem aquele pensamento mágico de que é um super-herói”, disse, ressaltando ser importante mobilizar os próprios adolescentes a motivarem seus amigos a se vacinar. “Quem motiva um adolescente é outro adolescente empoderado”, disse.
A pediatra Ana Goretti representou o Programa Nacional de Imunizações no lançamento da campanha e apresentou dados sobre as coberturas vacinais dos adolescentes. De 2014 a 2020, a cobertura da primeira dose da vacina contra o HPV chegou a 79% das meninas e de 54,2% nos meninos. Para a segunda dose, a cobertura cai para 55,7% nas meninas e 34,1% nos meninos. Para a meningocócica C, a cobertura acumulada entre 2017 e 2019 é de 41% nos adolescentes de 11 a 14 anos.
“Nessa faixa etária, você tem uma crença muito arraigada de que vacina é para criança. Há um desconhecimento da família, e a pandemia tem trazido uma dificuldade maior”, disse a pediatra.
O diretor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Marco Aurélio Sáfadi, lembrou que a vacinação de adolescentes contra a meningite, por exemplo, aumenta a proteção das crianças. Isso acontece, segundo ele, porque adolescentes e jovens adultos são os principais portadores de colônias da bactéria causadora da doença, o que nem sempre faz com que adoeçam, mas permite que transmitam a doença a outros indivíduos.
Ag. Brasil
Economia cresceu 7,5% do segundo para o terceiro trimestre, diz FGV
No mesmo período de 2019, houve uma queda de 4,4%
DA REDAÇÃO – O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve crescimento de 7,5% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre. O dado é do Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta quinta-feira (19).
“O forte crescimento de 7,5% da economia brasileira no terceiro trimestre, reverte, em parte, a forte retração de 9,7% registrada no segundo trimestre deste ano, em função da chegada da pandemia de covid-19 ao Brasil, a partir de março. No entanto, este crescimento não é suficiente para recuperar o nível de atividade econômica que ainda se encontra 5% abaixo do observado no quarto trimestre do ano passado”, afirma o coordenador da pesquisa, Claudio Considera.
Segundo ele, apesar da recuperação disseminada entre as atividades econômicas, o setor de serviços ainda encontra dificuldades para se recuperar. Os serviços tiveram alta de 5,5%, bem abaixo dos 13,4% da indústria.
“Mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento e pequena melhora marginal dos setores de alojamento, alimentação, serviços prestados às famílias, educação e saúde, o crescimento observado ainda é muito pouco em comparação a deterioração, causada pela pandemia, observada nestes segmentos. A elevada incerteza quanto ao futuro da pandemia tem inibido a recuperação mais robusta do setor de serviços, que é a atividade mais relevante da economia brasileira”, explica Considera.
A agropecuária recuou 0,3%. Sob a ótica da demanda, houve altas de 9,9% no consumo das famílias e de 16,5% na formação bruta de capital fixo (investimentos). O consumo do governo cresceu 0,5%. Já as exportações e importações tiveram quedas de 0,6% e de 8,8%, respectivamente.
Outras comparações
Apesar da alta de 7,5% na comparação com o segundo trimestre, na comparação com o terceiro trimestre de 2019, houve uma queda de 4,4%. Analisando-se apenas o mês de setembro, houve alta de 1,1% na comparação com agosto e de 2,3% na comparação com setembro do ano passado.
Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o consumo das famílias recuou 5,1%, enquanto a formação bruta de capital fixo (investimento) caiu 2,2%. As exportações cresceram 1,7%, enquanto as importações tiveram queda de 24,4%.
Ag. Brasil