Mercado em queda
O mercado de café trabalhou em queda na última semana. Os operadores de mercado e as grandes torrefações internacionais continuam apostando que a nova safra brasileira resolverá sozinha os problemas no abastecimento mundial de café. Grandes torrefações e traders estão usando o que resta de seus estoques, aguardando a entrada da nova safra brasileira. Acreditam que assim, com a oferta de uma safra maior, terão preços melhores para se abastecerem.
Contratos
Em Nova Iorque, os contratos para julho próximo, bateram em US$ 1,8830 e encerraram o pregão da última sexta-feira (16) em queda de 210 pontos, a US$ 1,8490 por libra peso. Quinta-feira (15), terminaram o dia em alta de 260 pontos, a US$ 1,8700 por libra peso. No balanço desta última semana, esses contratos caíram 575 pontos.
Preços
Em reais por saca, os contratos para julho próximo na ICE em NY fecharam sexta-feira (16) valendo R$ 1.178,90. Quinta-feira (15), encerraram a R$ 1.188,09 Na sexta-feira anterior (9) fecharam a R$ 1.229,69 e na quinta-feira (8) terminaram o dia valendo R$ 1.269.15.
Queda do dólar
Desde a sexta-feira (9), com o dólar em queda frente ao real e os contratos de café em Nova Iorque em baixa, o mercado físico brasileiro vem se apresentando calmo, com poucos produtores dispostos a vender nas bases oferecidas pelos compradores. O número de negócios fechados é pequeno para esta época de início de colheita. O volume de café da safra 2022 ainda em mãos de produtores é baixo. Os estoques de passagem da safra brasileira 2022 serão, com certeza, os menores deste século.
Colheita
A colheita da nova safra continua progredindo e até a última semana, a do robusta já somava 22% do volume total previsto no Espírito Santo e 60% em Rondônia. Já na área da Cooxupé, a colheita atinge 17% da área, e é uma das regiões com a colheita mais avançada no centro-sul. Nesta semana o tempo úmido impactou as atividades no campo (Climatempo).
CECAFÉ
O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou que no último mês de maio foram embarcadas 2.448.275 sacas de 60 kg de café, aproximadamente 17,4 % (516.447 sacas) menos que no mesmo mês de 2022 e 11 % (303.765 sacas) menos que no último mês de abril. Foram 1.987.539 sacas de café arábica (queda de 24,6 % em relação a abril de 2022) e 131.689 sacas de café conilon, totalizando 2.119.228 sacas de café verde, que somadas a 326.009 sacas de solúvel e 3.038 sacas de torrado, totalizaram 2.448.275 sacas exportadas em maio último.
Exportação do café
O Brasil exportou 13,6 milhões de sacas de café no acumulado do ano até maio, 19,3 % menos que no mesmo período de 2022, e 24 % menos que de janeiro a maio de 2021. De julho/21 até maio/22 do atual ano safra 2022/2023, o Brasil exportou 32 976 525 sacas, 9 % (3 524 704 sacas) menos que as 36 501 229 sacas exportadas no mesmo período do ano safra 2021/2022. Em relação ao ano safra 2020/2021, quando de julho/20 a maio/21 foram colocadas a bordo 42 597 308 sacas, a queda foi de 22,6 % ou 9 620 783 sacas.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 9 até o fechamento do dia 16, caiu nos contratos para entrega em julho próximo 575 pontos ou US$ 7,61 (R$ 36,66) por saca em reais, as cotações para entrega em julho próximo na ICE fecharam no dia 9 a R$ 1.229,69 por saca, e dia 16 a R$ 1.178,90. Nos contratos para entrega em julho, a bolsa de Nova Iorque fechou em baixa de 210 pontos.