DA REDAÇÃO – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Polícia Militar e a Polícia Civil deflagraram na manhã de ontem, a operação Arlequim, que apura crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção, peculato, cartel e fraudes a licitação em municípios da Zona da Mata mineira.
As investigações realizadas até o momento demonstram que os investigados são suspeitos de utilizarem diversas práticas criminosas para concretizar o domínio de mercado do ramo de serviços para shows em municípios mineiros, se valendo de ajustes e alianças ilegais para o controle regionalizado do mercado. De forma concomitante, praticam fraudes a licitação e obtém contratos com valores superfaturados, gerando grande prejuízo aos cofres municipais.
As provas indicam que o proveito do crime é ocultado e dissimulado por meio da criação de empresas que fazem a movimentação ilegal dos recursos, repassando-os, inclusive, a agentes públicos por meio de interpostas pessoas.
Com base nas provas coletadas, a 1ª Vara Criminal de Ponte Nova, atendendo a pedido do MPMG, determinou a expedição de oito mandados de prisão e 21 mandados de busca e apreensão, a serem cumpridos nas comarcas de Ponte Nova, Teixeiras, Viçosa e Jequeri. Também foi determinada a indisponibilidade de bens dos investigados e de suas empresas, no valor de R$ 5 milhões.
O nome da operação é uma alusão à denominação de uma das empresas envolvidas, além de ter relação com as festividades carnavalescas, área de atuação dos investigados.
Assessoria MPMG