MANHUAÇU – Nesta segunda-feira (8), Dia Internacional
da Mulher, foi apresentado, nas dependências da Delegacia de
Polícia Civil de Manhuaçu, o novo projeto proposto pela
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da 6ª
DPRC.
O “Projeto Elzas” recebeu esse nome em homenagem a
cantora Elza Soares, a qual, por muitos anos, foi vítima de
violência doméstica perpetrada pelo então marido, um o
jogador de futebol.
Coordenado pela delegada de polícia Adline e pela escrivã de
polícia Ana Rosa, “Elzas” tratará do acolhimento e suporte
psicológico a meninas e mulheres vítimas de violência
doméstica em Manhuaçu e região.
Após o “Projeto Frida” ter impactado na rotina da Delegacia
da Mulher de Manhuaçu, trazendo otimização dos trabalhos e
acesso virtual aos serviços disponibilizados – estreitando o
relacionamento das vítimas com a Delegacia da Mulher -,
inicia-se o projeto “Elzas” com o claro intuito de promover
acompanhamento psicológico para que meninas e mulheres
vítimas de violência doméstica possam romper com o ciclo da
violência em seus lares e não mais necessitem de reiteradas
intervenções da polícia em suas vidas.
O projeto vai disponibilizar atendimento psicológico, no
auditório da Delegacia Regional. Convênio firmado com a
Faculdade do Futuro vai oferecer suporte psicológico por
meio de estágio supervisionado e também rodas de conversas,
oficinas e grupos de apoio.
A delegada da Mulher, Adline Ribeiro, afirmou “acreditar que
a Polícia Civil, além do compromisso com a investigação
criminal no enfrentamento da violência doméstica, precisa
também promover ações de suporte psicológico. Devemos
buscar, mesmo nós da Polícia Civil, tratar as dores físicas e as
dores psicológicas, as quais, em muitos casos, são muito
piores que as dores físicas”.
A escrivã da Delegacia da Mulher, Ana Rosa Campos,
sintetizou, “Elza Soares acredita que através do canto, através
da verbalização das dores, através da fala, a mulher pode sair
dos relacionamentos abusivos, pode conquistar o
empoderamento. Queremos que essas mulheres venham
participar do projeto e, assim como propõe Elza Soares, falem
de suas dores e conquistem a liberdade”.