Ildecir A.Lessa
Advogado
Sempre registra a história que, aos olhos dos portugueses, os recursos do Brasil pareciam ilimitados. Alguém escreveu em 1500: “Se existe um paraíso na Terra, eu diria que fica no Brasil”. Madeira, pedras e metais preciosos, a gêneros alimentícios como açúcar, café e soja.
Hoje, com as descobertas reservas de petróleo e gás natural, o Brasil pode estar prestes a obter extraordinária riqueza explorando seus combustíveis fósseis. Sabe-se que o Brasil já passou por várias crises, materializadas, nos planos fracassados, Sistema Financeiro de Habitação, inflação alta, quase 1000% ou mais, pobreza, exclusão, etc. Hoje se parar para pensar o Brasil, vai observar que a realidade é outra: o Brasil está com dados positivos de seu desenvolvimento. O Brasil está funcionando, basta buscar os dados disponíveis e confirmar essa assertiva.
No aspecto de organização do Estado brasileiro, a Constituição de 1988 foi o rito de passagem para a maturidade institucional brasileira. Nos últimos anos, superamos todos os ciclos do atraso: eleições periódicas, Presidentes cumprindo seus mandatos ou sendo substituídos na forma constitucionalmente prevista, Congresso Nacional em funcionamento sem interrupções, Judiciário atuante e Forças Armadas de prontidão. Só quem não soube da sombra, não reconhece a luz. Evidente que hoje, o país é governado por um presidente que não importa em atrair aversões. Presente está o antagonismo da presidência, contudo e certamente tem plena noção dos limites, razão pela qual, todas as trovoadas presidenciais não assustam. O importante é que nesse curto período do atual governo, não foi constatado roubo no atacado.
Pode acontecer, mas até então, não. Isso é um diferencial, basta buscar na memória os fatos pretéritos da roubalheira. A economia está sendo conduzida por um verdadeiro capitalista, Paulo Guedes, não vinculado à economia de Estado, com as amarras da burocracia. A reforma da previdência está andando a passos largos. Na traseira está surgindo a reforma tributária e, com essas reformas, as coisas, no mínimo não permanecerão como estão.
O Brasil não vai retroceder na questão das privatizações. Vai haver privatização. O sinal é de que, não falta capital para ser investido no processo brasileiro de privatização, que já está em pleno movimento. O Estado é o maior proprietário de bens imóveis do planeta. Tem de abrir na questão da telefonia. Na questão dos Correios, já que agora a greve parece ter encerrado. Vai também no trilho da privatização, a Petrobrás, que vem passando por uma diminuição significativa de seus milhares de empregados, com a queda do verdadeiro império do “cabide de emprego”, cuja a velha estrutura já está ruindo. Isso já está demonstrado, pela venda da BR Distribuidora e as operações de gás. Está à venda ainda, oito das refinarias da Petrobrás. Com isso, haverá sem dúvida, redução do custo da energia no país porque, o dinheiro captado por essas empresas, terá destino seguro de investimentos, de quando estava nas mãos do Estado.
O monopólio estatal acabando, surge um novo tempo de funcionamento do Brasil. Qual a razão de continuar o monopólio, se ele tem demonstrado no tempo, ser um deficitário para o Estado brasileiro? O certo é que, houve queda de homicídios, segundo as estatísticas. O Relatório do Banco Central do Brasil último, aponta que, a inflação está perto de zero. Os juros estão os mais baixos dos últimos trinta anos. Essa é a realidade atual, com ou sem as trovoadas do Planalto. Quem está pensando o Brasil com esses dados positivos são os trabalhadores de todos os dias, a dona de casa compromissada, os profissionais autônomos e liberais, os empresários, os empreendedores, enfim, todos aqueles que acreditam nos dados positivos do Brasil, longe da sombra ideológica que aliena.