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Polícia procura autores de homicídio no córrego Palmital

MANHUAÇU – Marcos Alexandre Nunes Ferraz, 31 anos, foi morto na noite deste domingo (13). O crime foi registrado no córrego Palmital, zona rural de Manhuaçu. Os autores não tinham sido detidos até o final dessa edição.
O CRIME
O Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) foi informado sobre o crime, uma equipe foi até o córrego Palmital e fez contato com a esposa da vítima. Ela contou que conheceu Marcos há dois anos através de um jogo de celular e que depois passaram conversar via WhatsApp. Depois começaram a namorar, ela chegou a viajar para São Paulo. A mulher contou que engravidou e Marcos, há dois meses, se mudou para Manhuaçu. Outra informação é que Marcos esteve na casa de sua mãe, em Itanhaém, litoral paulista, por cerca de dez dias. Ele retornou no sábado (12) acompanhado de sua mãe.
Sobre o momento homicídio, a esposa da vítima disse que ela e sua sogra estavam conversando dentro do cômodo que dormem. A sogra foi ao banheiro, que fica do lado de fora da casa. Ela e Marcos escutaram um barulho estranho e foram verificar na entrada da propriedade. Marcos ficou um pouco pra trás e depois a mulher viu uma moto estacionada. Em seguida, escutou Marcos gritando ‘não faça isso, não faça isso’. A mulher contou que viu a vítima com as mãos para cima e dois homens apontando arma de fogo para ele. Ela contou que chegou a oferecer um celular, pensando se tratar de um roubo. Na sequência, Marcos correu e os autores o seguiram. Foram disparos efetuados que atingiram a vítima. Nesse interim, a mulher correu e se escondeu perto de um riacho, de onde escutou os autores fugindo na motocicleta. Assim que os bandidos fugiram, ela foi até o banheiro e avisou a sogra que seu filho tinha sido morto.
LEVANTAMENTOS
A mulher contou que Marcos não tinha inimizades em Manhuaçu, afinal, ele havia se mudado há pouco tempo. Mas ela disse que seu ex-marido, 29 anos, seria o suspeito, pois houve desavenças pelo fato dele não aceitar o fim do relacionamento. Tanto é que a mulher chegou a comentar que ela e Marcos pretendiam ir embora para São Paulo, mas o suspeito não teria gostado por causa da filha que mora justamente com mãe.
A mulher ressaltou que a vítima e suspeito nunca haviam discutido pessoalmente, mas que várias pessoas no córrego ficavam com essa conversa de que um estaria ameaçando o outro. No decorrer dos levantamentos, a PM foi informada que um dos autores tem as mesmas características de um familiar do ex-marido. Outro fato levantado pela Polícia é que Marcos teve uma discussão com seu sogro, que gerou até um registro de ocorrência, porém a mulher disse não acredita que seu pai teria feito algo.
A perícia técnica da Polícia Civil recolheu dois cartuchos calibre 44. Conforme o perito, a vítima foi alveja por pelo menos seis disparos, sendo dois na cabeça, um no peito, um na mão e dois no braço.
O SUSPEITO
Uma guarnição encontrou o suspeito em sua casa. Ele disse que saiu algumas vezes durante o dia e que por volta das 18h50, foi à igreja acompanhado de sua atual namorada. Ele contou que a missa terminou às 20h30 e que permaneceu no local até às 21h30 na companhia de três amigos.
Sobre o homicídio, disse que não matou, nem mandou matar a vítima; que escutou barulhos dos disparos, mas achou que era “bombinha”. Ele confirmou que nunca conversou pessoalmente com a vítima, apenas o via de longe por morarem perto. Outra alegação é que quando começou a namorar sua ex-mulher, Marcos lhe mandou mensagens ameaçadoras dizendo ser do Comando Vermelho, mas que nunca respondeu tais mensagens.
Segundo a PM, o suspeito foi levado a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), conforme ficha que tem como diagnóstico “sem lesões”, para comprovar a integridade física dele.
A respeito dos suspeitos de executarem Marcos, os militares foram até suas residências. Na casa do primeiro, sua mãe informou que ele tinha saído de moto e que foi até a casa da namorada, mas não soube informar nem o nome e nem o endereço dessa namorada. Já na casa do segundo, os policiais verificaram que não havia ninguém no imóvel.
No boletim de ocorrência consta que existem dois registros envolvendo o suspeito, sua ex-mulher e a vítima Marcos. Num deles, o suspeito figura como vítima de ameaça feita por Marcos. Já no outro, há o registro de atrito verbal do suspeito e de sua ex-mulher por ele não concordar que sua filha fosse morar em São Paulo.
Foi feito rastreamento, mas os autores não tinham sido detidos até o final dessa edição.

Diário de Manhuaçu

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