DA REDAÇÃO – A prévia da inflação de agosto fica em 0,23%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O órgão divulgou os dados na última terça-feira (25) referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que foram coletados em 10 regiões metropolitanas e em Brasília, entre os dias 15 de julho e 13 de agosto. Em julho o índice registrou 0,30%, em agosto de 2019 ficou 0,08%.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, sete tiveram alta em agosto. O grupo transportes teve expansão de 0,75%, exercendo a maior pressão no índice, apesar da desaceleração em relação a julho, quando o aumento no grupo foi de 1,11%.
A principal influência da alta foram os preços dos combustíveis, que subiram 2,31%, com o maior impacto individual vindo da gasolina, que ficou 2,63% mais cara. O óleo diesel subiu 3,58% e o preço do gás veicular aumentou 0,47%. Já o etanol teve queda de 0,28%.
O grupo Educação teve deflação (queda de preços) de 3,27% e contribuiu para conter a inflação, com os descontos nas mensalidades concedidas em razão da suspensão das aulas presenciais por causa da pandemia do novo Coronavírus, que foram computados em agosto. Os cursos regulares tiveram recuo de 4,01%, com mais ênfase na pré-escola, onde os preços diminuíram 7,30%, seguida pelos cursos de pós-graduação, com queda de 5,83%; educação de jovens e adultos registrou queda de 4,74% e, no ensino superior, os preços caíram 3,91%.
Alta e baixa
O grupo dos artigos para residência subiu pelo quarto mês seguido com alta de 0,88% em agosto. Ao mesmo tempo, os itens de mobiliário caíram 0,14% no mês, acumulando com a queda de 0,91% observada em julho. Os produtos e serviços de Comunicação subiram 0,86% e os de Alimentação e bebidas ficaram 0,34% mais caros.
E foi justamente a alta nos preços do supermercado que assustou a caixa de loja, Marcilene Maria de Carvalho, que mora em Manhumirim e trabalha em Manhuaçu. “Desde março pra cá, eu vou ao supermercado e percebo que as coisas básicas aumentaram muito. O arroz, o açúcar, feijão, óleo, aumentou demais. Às vezes eu até aproveito meu horário de almoço aqui em Manhuaçu, dou uma olhada em alguns supermercados aqui e acabo achando em alguns, produtos mais baratos e levo pra Manhumirim. O trem ta feio!”. A trabalhadora da área financeira, Marisa Breder Vargas, também tem se assustado com alta dos produtos. “Eu ando observando o aumento principalmente do arroz e da carne. As vezes a gente tem até que mudar de marca do produto por conta disso e até comprar uma carne mais em conta também”, ressalta.
Tiveram alta de 0,61% os alimentos para consumo no domicílio, com alta nas carnes (3,06%), leite longa vida (4,36%), frutas (2,47%), arroz (2,22%) e pão francês (0,99%). Tiveram baixa no mês o preços do tomate (-4,20%), da cebola (-8,04%), do alho (-8,15%) e da batata-inglesa (-17,16%).
A energia elétrica subiu 1,61% e pressionou o grupo Habitação, que teve aumento de 0,57%. As contas de luz ficaram mais caras em Belém, São Paulo, Fortaleza, Salvador, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre. Houve queda na energia elétrica, devido a reduções nas alíquotas de PIS/Cofins, em Curitiba (-2,59%) e Brasília (-0,36%).
Com informações da Agência Brasil