UBAPORANGA – “Quando seus talentos encontram as necessidades do mundo, ali está a sua vocação”. Essa é uma famosa frase do filósofo Aristóteles. Os seminários são as casas de formação dos futuros sacerdotes. Ao sentir o abraço da vocação, o jovem é encaminhado a esse espaço para que possa amadurecer os sentimentos e a certeza da caminhada. Não é um exercício tão simples, mas é contado, com muito prazer, pelos jovens de 18 anos, Emannuel Charigath, de Tombos; e Vitor Pabulo Elias Silva, de Sacramento – distrito de Manhuaçu.
“Está sendo uma experiência muito boa e com o objetivo de terminar os estudos aqui para no futuro ser um bom padre”, disse o seminarista Emannuel Charigath.
“Tem sido um tempo de discernimento para a vida sacerdotal, para a vida de modo geral, um amadurecimento de todas as partes de nós que estamos vivendo este período do propedêutico”, acrescentou o seminarista, Vitor Pabulo Elias Silva.
O Seminário Propedêutico São José, de Ubaporanga, conta, atualmente, com 5 seminaristas que compõem a 4ª turma. “A cada ano a gente faz uma nova experiência. A gente percebe que cada turma é única – com as suas qualidades, com as suas características – e eles têm feito uma caminhada muito bonita, de muita entrega, oração e estudo aqui na casa. Aqui a gente sempre presa por esse tripé da formação: o trabalho, o estudo e a oração que fazem parte da base do nosso processo formativo”, explicou o reitor do Seminário Propedêutico São José, padre Raniel Carlos de Freitas.
É nesse espaço amplo, com capela para oração e convivência, refeitório e dormitório, que os seminaristas são acolhidos. É aqui que acontece esse primeiro contato dos jovens candidatos com a vida de estudo e oração.
O padre é uma pessoa que se comunica por isso as aulas de Português – ministradas no Propedêutico de Ubaporanga pela professora Lígia Maria dos Reis – são tão importantes.
“A minha grande preocupação, enquanto professora da Língua Portuguesa, é preparar os seminaristas para que dominem a língua, para se fazerem entender e para entender o que irão passar aos outros – porque se a pessoa não entendeu o que leu, como conseguirá repassar?”, disse a professora Lígia Maria dos Reis.
Mais uma vez o professor Eugênio Maria Gomes – que é escritor; apresentador; entrevistador; membro de diversos movimentos, clubes de serviços, organizações fraternas; e ainda diretor executivo da Unec TV – mantida pela FUNEC –, foi convidado e deu uma aula para esses jovens sobre o gênero textual “crônica”.
“Tratar deste gênero textual é muito satisfatório para mim. Eu trouxe livros de crônicas, estamos lendo e discutindo, e, ao final, eles vão escrever uma crônica. Então, este processo de compartilhar o conhecimento deste gênero textual me alegra muito já que sou, essencialmente, um cronista”, declarou o escritor, professor Eugênio Maria Gomes.