Minas vai ampliar para 15 o número de doenças rastreadas pelo programa Estadual de Triagem Neonatal (PTN-MG), que é realizado pelo popularmente conhecido teste do pezinho. Segundo anunciou o governo de Minas na manhã desta sexta-feira (26 de janeiro), mais três doenças raras serão incluídas no plano a partir de 30 de janeiro. A expectativa é que até o final de 2024, o Estado disponibilize o exame ampliado, capaz de diagnosticar cerca de 60 doenças.
“Nós escolhemos doenças que já tem tratamento definido nesta primeira ampliação. Nos próximos meses vamos incluir todo o rol de doenças raras, devemos fechar ainda 100% das doenças raras estabelecidas na lei triadas aqui em Minas”, garantiu o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
Entre as novas doenças contempladas no teste está a Atrofia Muscular Espinhal (AME), enfermidade com tratamento de alto custo, que deve ser feito ainda nos primeiros meses de vida. Segundo o secretário, além de diagnosticar a AME, o Estado também vai ofertar o tratamento para crianças que tenham a doença. “O tratamento dentro dos protocolos estabelecidos pelo governo federal, será garantido. Não será mais necessário judicializar, apenas em casos que estão fora do que já está estabelecido”, disse.
Além da AME, o novo teste do pezinho vai ser capaz de diagnosticar a Imunodeficiência Combinada Grave (SCID) e Agamaglobulinemia (AGAMA). As três integram um pacote junto com outras 12 enfermidades raras que já compõem o painel de triagem realizado pelo Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad).
Segundo o governo de Minas, as doenças que entram para o PTN-MG contam com tratamentos disponíveis no SUS, por meio do Hospital das Clínicas da UFMG. Entre as possibilidades estão o transplante de medula óssea, o uso de imunoglobulina humana endovenosa e medicamentos que impedem a degeneração neuronal.
Fonte: O Tempo