O que torna uma confissão verdadeira
Estou compartilhando algumas dicas sobre a ORAÇÃO.
Logo de início, duas coisas importantes:
1a. – Quem ora precisa saber que ele está diante do Deus PERFEITO, tanto na justiça como no caráter. Por isso é que temos de começar com a confissão de nossa própria situação diante Dele.
2a. – A segunda, ligada à primeira, é que uma confissão sem honestidade NÃO É UMA confissão verdadeira.
Assim, confissão não é repetir palavras ou expressões tipo “estou arrependido disso… ou daquilo…”
Antes disso, preciso me lembrar que – diante de Deus – eu sou um livro aberto: Ele sabe tudo sobre mim: meu passado, minhas lembranças, meus pensamentos, minhas intenções – tudo mesmo.
Mas não somente coisas do passado – principalmente, aquelas desse momento no qual estou chegando a Ele.
Sem nenhuma dúvida, chegar ao Eterno em oração é um privilégio indizível!
Alguém disse que na verdadeira confissão o confessor está ciente de sua própria perversidade!
Como assim?
– Ah, mas eu nem sou tão ruim assim!
– Pois é, foi exatamente o que aquele líder religioso que orava no templo logo nas primeiras filas, falou. Ele até apontou para o pobre homem lá na última fila que nem ousava levantar os olhos para o céu, e que batia em seu peito, dizendo: Tem misericórdia de mim, sou um pecador!
Nosso Mestre disse que aquele que sabia que era pecador voltou para casa completamente justificado – isto é, Deus o perdoou de todos os seus pecados e estava pronto para ouvir e atender sua oração.
O outro, porém, que se gabava de tantos méritos e muita bossa de religioso, não foi ouvido em suas orações, e voltou para sua casa até mais desgraçado do que quando tinha entrado no templo.
CONFISSÃO – há um tremendo poder na confissão!
Todavia, não importa em que mundo vivemos, sem honestidade NUNCA conseguiremos fazer uma confissão aceitável.
Jesus também teve um encontro noturno com Nicodemos. Jesus é nosso Exemplo em tudo, sobretudo, na oração.
Nicodemos queria saber como chegar a Deus, ao reino Dele. Jesus viu que a pergunta não era bem o que ele queria saber. Jesus, graças a Deus, foi direto ao assunto:
“Nicodemos, é necessário nascer de novo!”
“O que é isso? Não entendo nada – como assim?”
Ah, são os olhos!
O que há em nossos olhos? O que eles revelam?
Uma criancinha, um bebê tem olhos puros, limpos – não há nenhum sinal de perversidade neles.
Toda vez que eu chego a Deus – Ele vê meus olhos, e sabe o que estou tramando, ou o que já tramei. Meus olhos gravam o que meu coração intenciona.
É por isso que preciso confessar.
Por isso tenho que jogar fora, renunciar tudo aquilo que eu acho bom ou importante em mim.
Preciso chegar a Deus como sou realmente. O único mérito que posso apresentar é AQUILO que Jesus fez por mim:
Ele derramou Seu sangue puro, limpo, santo, para que eu e quem quiser pudesse ser limpo, justificado, perdoado.
O que os olhos de uma criancinha dizem? Pureza, inocência, ausência do mal.
Se eu sou honesto comigo mesmo, posso me reconciliar com Deus e com qualquer pessoa, mesmo com aquela que me fez mal. Pois a honestidade me faz ver o mal em mim também.
Estes pensamentos sobre a oração são muito simples – qualquer um pode entender.
Ao nos aproximarmos de Deus, é falta de senso tentar esconder algo Dele – o mais importante, entretanto, é que eu reconheça como eu posso praticar o mal.
Continuamos sentindo a necessidade de oração, que não devemos desanimar – Ele é bom, justo, e ouve a oração dos Seus filhos.
Vamos, portanto, levantar nossas vozes, vamos em humildade a Ele, vamos confessando que somos devedores, que temos pensado o mal, que agimos mal, que pecamos.
E nunca nos esqueçamos da grande conquista de nosso Salvador – o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Só Ele pode tirar esse mal de nós – nenhuma outra obra pode fazê-lo.
Continuemos a CLAMAR A DEUS!
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – UniDoctum [email protected]