A relação entre saneamento, saúde e meio ambiente é fundamental para garantir e entendermos sobre a qualidade de vida das populações e a sustentabilidade dos ecossistemas naturais e urbanos.
O saneamento básico adequado, engloba o acesso à água potável, a coleta e tratamento de esgoto, a gestão adequada dos resíduos sólidos, e a drenagem pluvial. Esses quatro pilares do saneamento em conjunto são cruciais para promoção da saúde pública e preservação do meio ambiente.
A água, sabemos que é essencial para a vida no planeta e para a saúde humana, sendo fundamental para a higiene pessoal, o preparo de alimentos e prevenção de doenças. A falta de acesso a água potável e a condições sanitárias adequadas está diretamente relacionada a uma série de doenças, como por exemplo: diarreia, cólera e hepatite, que afetam principalmente as populações mais vulneráveis.
Além disso, o tratamento inadequado de esgoto pode contaminar rios, lagos e lençóis freáticos, comprometendo a qualidade da água e impactando negativamente a biodiversidade aquática e na distribuição hídrica das cidades. Essa poluição das águas resultante do lançamento de esgotos sem tratamento pode afetar a saúde humana, causando também doenças transmitidas pela água, como febre tifoide e verminoses.
A gestão resíduos sólidos, envolve a coleta e a destinação adequada dos resíduos sólidos. A inadequada gestão desses resíduos pode contribuir para a poluição do ar, do solo e da água, além de representar riscos à saúde pública, como proliferação de vetores de doenças, contaminação do solo e dos recursos hídricos e trazem impactos negativos a biodiversidade. A queima de resíduos a céu aberto gera emissões de poluentes atmosféricos que podem causar problemas respiratórios e agravar doenças crônicas na população.
As águas pluviais não conseguem infiltrar no solo impermeabilizado e, por este motivo, é feita a coleta e destinação adequada para esta água da chuva pela drenagem pluvial, que visa prevenir enchentes, alagamentos, garantir a segurança, a locomoção e o bem-estar da população.
As práticas sustentáveis de saneamento, como o tratamento de esgoto, a reciclagem de resíduos e a captação de água da chuva, podem contribuir para a preservação do meio ambiente, reduzindo a contaminação dos recursos naturais e promovendo a economia circular e melhor qualidade de vida e saúde da população. Além disso, a promoção da educação ambiental e o engajamento da comunidade são essenciais para sensibilizar a população sobre a importância da conservação dos recursos naturais.
A interconexão entre saneamento, saúde e meio ambiente destaca a necessidade de abordagens integradas e sustentáveis para enfrentar os desafios atuais relacionados à qualidade de vida e ao desenvolvimento sustentável. Investir em infraestrutura de saneamento básico, promover práticas de consumo responsáveis e adotar políticas públicas que incentivem a proteção do meio ambiente são passos fundamentais para garantir um futuro saudável para as gerações presentes e futuras.
A atuação conjunta de governos, sociedade civil, setor privado e instituições de pesquisa é fundamental para promover ações coordenadas e eficazes que abordem as inter-relações entre saneamento, saúde e meio ambiente. Somente através de uma abordagem holística e colaborativa poderemos alcançar um equilíbrio entre as necessidades humanas, a proteção dos ecossistemas e a promoção da saúde global.